
Manifestações em França. Foto © Howard Bouchevereau | Unsplash
Perante os tumultos violentos que se desencadearam em várias cidades francesas, na sequência da morte pela polícia de um adolescente, líderes de oito confissões religiosas fizeram um apelo ao diálogo e à paz.
Num comunicado divulgado na última sexta-feira, aqueles responsáveis associam-se à dor da família de Nahel, o jovem morto, principalmente a sua mãe. “Nós ouvimos o sofrimento e a raiva que é expressa”, referem. Contudo, afirmam também, “a uma só voz, que a violência nunca é um bom caminho”.
“Deploramos vivamente a destruição de escolas, lojas, câmaras municipais, meios de transporte… Os primeiros a sofrer as consequências são precisamente os habitantes, as famílias e as crianças destes bairros”, fazem notar os líderes religiosos.
O comunicado apela “à salvaguarda e consolidação do necessário vínculo de confiança entre a população e os polícias que tanto têm dado nas provações” que o país tem atravessado e encorajam os governantes e os representantes eleitos a “trabalhar juntos, com responsabilidade, para trazer justiça e paz”. Apelam ainda a todos os crentes a que “mais do que nunca, sejam servidores da paz e do bem comum”.
Assinam a declaração os líderes da Conferência de Líderes Religiosos na França; o reitor da Grande Mesquita de Paris, o rabino chefe de França, e os presidentes do Conselho do Culto Muçulmano; da Conferência dos Bispos da França; da Assembleia dos Bispos Ortodoxos de França; da Federação Protestante de França; e da União Budista de França.