
Em Gujarat, as Missionárias da Caridade já podem voltar a abrir portas aos mais pobres sem a pressão dos hindus nacionalistas. Foto © Jan Bockaert, via Wikimedia Commons
Depois de meses de indefinição, o tribunal local de Gujarat, na Índia, arquivou as queixas contra as Missionárias da Caridade, que eram acusadas de promoverem conversões forçadas nos seus abrigos para pessoas carenciadas, por não haver provas de tal facto.
O caso remonta a 9 de dezembro, e foi noticiado na altura pelo 7MARGENS, quando a Comissão Nacional para a Proteção dos Direitos das Crianças visitou o centro e denunciou alegadas conversões forçadas. Esta comissão é liderada por hindus nacionalistas e, segundo o site Asia News, tem sido muito utilizada para assediar de forma legal projetos sócio-caritativos dos cristãos naquele país.
As acusações são tão infundadas que o procurador encarregue do caso deixou por escrito que não havia qualquer base para avançar com o processo. “Deus está connosco”, afirmou a irmã Clarissa ao Asia News. “Apesar de termos passado pela situação, estamos gratas a Deus, que está connosco, e a todas as pessoas que nos apoiaram, incluindo pessoas de outras religiões que nos encorajam a continuar o nosso trabalho de servir os mais pobres e vulneráveis”.
O administrador apostólico daquela diocese disse ao Asia News que a decisão traz “alívio”, mas que ponderam ir a instâncias superiores para tentar colocar um fim definitivo sobre o assunto, até porque os ataques contra a Igreja Católica naquele país por parte de hindus nacionalistas mantêm-se noutras zonas do país. Uma decisão destas pode também fazer jurisprudência em todo o país e aliviar a pressão colocada sobre as instituições católicas.