Exposição fotográfica

Em maio, “O grito das mulheres” faz-se ouvir na Praça de São Pedro

| 4 Mai 2023

Exposição Women's cry, patente na Praça de São Pedro, Vaticano, durante o mês de maio de 2023. Foto © Vatican Media.

A exposição mostra os rostos de meninas e mulheres, jovens e idosas, desde o coração da Amazónia às favelas do Brasil, passando pelas ilhas gregas, as fronteiras da Ucrânia e da Índia, ou o interior de Bangladesh, no sudeste asiático. Foto © Vatican Media.

 

São 26 imagens, captadas por oito fotógrafos internacionais, que procuram dar voz ao sofrimento e às injustiças vividas por mulheres em todo o mundo, e podem ser vistas na Praça de São Pedro, no Vaticano. A exposição, intitulada “Women’s Cry” (“O Grito das Mulheres”), estará patente até 29 de maio e a entrada é gratuita.

Em várias ocasiões, o Papa Francisco recordou que a intenção do artista Gian Lorenzo Bernini, ao fazer a grande “colunata” que emoldura a Praça de São Pedro, era representar o abraço materno da Igreja que acolhe todos. Pois bem, o lado esquerdo desse “abraço” foi precisamente o espaço escolhido para acolher estas 26 fotografias e todos aqueles que queiram apreciá-las.

A exposição, promovida pelo Dicastério para a Comunicação da Santa Sé, em parceria com a União Mundial das Organizações de Mulheres Católicas (WUCWO) e a agência Handshake, mostra os rostos de meninas e mulheres, jovens e idosas, desde o coração da Amazónia às favelas do Brasil, passando pelas ilhas gregas, as fronteiras da Ucrânia e da Índia, ou o interior de Bangladesh, no sudeste asiático. Cada imagem é acompanhada por uma citação da encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco

Segundo María Lia Zervino, presidente da WUCWO, esta exposição na Praça de São Pedro “é um sinal de como a Igreja hoje quer abraçar todas as mulheres do mundo, crentes e não crentes, e dar-lhes visibilidade, transformar, melhorar as suas vidas, das suas famílias, dos seus povos”, observou na conferencia de imprensa de apresentação da iniciativa, que teve lugar no Vaticano no passado dia 2.

Lia Giovanazzi Beltrami, diretora, produtora e diretora de arte da iniciativa, destacou por seu lado que a fotografia é uma linguagem universal e que “a arte toca nas emoções mais profundas”, podendo assim levar “à mudança pessoal e social”. Assim, apesar de cada fotografia contar “um drama”, também “carrega consigo uma profunda esperança”, sublinhou.

O autor de uma das fotos em exposição, Giuseppe Caridi, concorda. O fotógrafo italiano retratou uma mulher no deserto do Saara, a qual foi sua guia na viagem que fez pela região. Ao tirar a foto, Caridi quis “contar uma história através da beleza da vida e daqueles que ainda têm esperança”, explica à Catholic News Agency. Porque “apesar dos problemas da vida” que aquela mulher, “que vive num dos lugares mais extremos e difíceis da Terra”, possa ter, “a beleza continua a existir” e a sua fotografia, afirma no vídeo acima, pode inspirar todos a ser mais resilientes e otimistas.

 

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