
O Papa Francisco, em Assis, no acto de assinatura formal da Fratelli Tutti, em Assis, no passado dia 3. Foto captadada transmissão vídeo do Vatican Media.
A nova encíclica do Papa, Fratelli Tutti (“Todos irmãos”), é uma base para promover “a não-violência num mundo violento”, diz a Pax Christi Internacional numa nota sobre a carta.
“Este documento oportuno enfrenta as realidades de um mundo polarizado, violento e injusto no meio da crise mundial da pandemia de covid-19 e visualiza uma nova forma de avançar para um futuro mais justo, pacífico, igual, esperançoso e não-violento”, lê-se na declaração do movimento católico internacional pela paz, publicada terça, dia 6.
O Papa Francisco começa por descrever o “normal injusto”, com as suas estruturas económicas, políticas, sociais e tecnológicas interligadas, “que dividem os privilegiados de milhares de outros, incluindo os empobrecidos, os migrantes, as mulheres, os doentes, os idosos”. Mas responde, depois, com “temas-chave fundamentados numa visão espiritual primordial, que é também a base da ética universal da não-violência: que todos os seres em todos os lugares estão interrelacionados”.
Na encíclica, o Papa Francisco reitera “a inadmissibilidade da pena de morte”, mas talvez ainda de “grande envergadura é a reflexão sobre a guerra, que acreditamos ir mais longe do que qualquer encíclica papal na história”, diz a nota.
A Pax Christi Internacional e a sua Iniciativa Católica de Não-Violência estão “enormemente gratas pela visão do Papa Francisco, considerando que o novo documento oferece uma base para promover a teologia e a prática fiel da não-violência.