
O cenário que era habitual na peregrinação a Meca (aqui, em foto de arquivo) voltará repetir-se este ano. Foto © Creative Commons Attribution-Share Alike 4.0.
Cerca de 850 mil peregrinos estrangeiros são esperados no próximo mês em Meca e Medina, na Arábia Saudita, país que aligeirou esta segunda-feira, 13, a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços interiores. O primeiro grupo de muçulmanos chegou já no dia 4, proveniente da Indonésia.
Dado que os casos de covid-19 têm vindo a subir nos meses mais recentes, as máscaras continuarão em vigor nos locais mais sagrados, onde os peregrinos se concentram. Enquanto isso, os organizadores das peregrinações têm liberdade de continuar a exigir o uso de máscara.
Esta peregrinação, ou Hajj, é um dos cinco pilares do islão, que cada muçulmano adulto deve cumprir pelo menos uma vez na vida, desde que disponha de saúde e dinheiro para tal e a sua ausência não ocasione danos à sua família. O Hajj pode ser realizado por procuração, através de um amigo ou familiar. Nos dois últimos anos, estas concentrações, que chegam a envolver, em condições normais, dois milhões de pessoas, foram drasticamente limitadas ou mesmo suspensas, o que trouxe ao reino da Arábia Saudita uma perda de receitas da ordem dos 12 mil milhões de dólares cada ano, segundo dados da Al Jazeera.
A regra estabelece que a peregrinação islâmica dure cinco dias, embora os crentes comecem a chegar com semanas de antecedência. O Eid al-Adha é a celebração com que se encerra o Hajj, sendo caraterizada pela distribuição de carne aos pobres de todo o mundo.