
Livros que foram proibidos ao abrigo da lei antiterrorismo nas Filipinas.
A Comissão da Língua Filipina retirou cinco livros da lista de livros aconselhados para os alunos do secundário, proibindo a sua leitura por “terem conteúdos que violam a lei antiterrorismo do país”. O decreto foi publicado a 12 de agosto, noticia a agência UCA News de dia 15.
Os autores emitiram uma declaração conjunta em 14 de agosto condenando a decisão e afirmando que a proibição dos seus livros era um ato de restrição da liberdade de expressão semelhante à repressão imposta pelas leis marciais do tempo do ditador Ferdinand Marcos, pai do atual presidente, Bongbong Marcos, vencedor (69% dos votos) das eleições de maio deste ano.
A Escola São Vicente de Paulo e a Escola Católica Malate, na capital Manila, expressaram a sua preocupação, afirmando que a proibição é uma tentativa de coartar a liberdade de expressão e restringir a liberdade académica.
“Isto é uma violação dos nossos direitos constitucionais – exatamente como prevíamos quando nos opusemos à Lei Antiterrorismo e a classificámos de anticonstitucional. Agora, estamos a sofrer os seus efeitos”, disse Jose Bonoan, diretor da Escola São Vicente de Paulo, ao UCA News.