Um ano depois da decisão do Supremo Tribunal

EUA: direito ao aborto continua a dividir comunidades e líderes religiosos

| 2 Jun 2023

Foto: Manifestantes pró aborto realizam protestos nos EUA (Retirada de vídeo Youtube, Poder360)

 

Um ano depois do Supremo Tribunal dos EUA ter posto fim ao direito nacional ao aborto, as comunidades e os líderes religiosos do país continuam atravessados por divisões sobre o tema e as fraturas registam-se no interior das várias religiões e denominações, afirma a agência AP num trabalho divulgado no dia 2 de junho e assinado por David Crary.

Os contrates são evidentes na Igreja Católica, escreve o jornalista, lembrando que “todas as sondagens nacionais mostram repetidamente que a maioria dos católicos dos EUA defende que o aborto deveria ser legal na maioria ou em todos os casos, mas a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA apoia as leis o mais proibitivas possível”.

Entre os protestantes a situação é mais matizada, com “uma sólida maioria de evangélicos brancos a favor da proibição do aborto”, mas “uma maioria dos protestantes tradicionais apoiando o direito ao aborto” e “vários dos seus principais líderes condenaram a decisão do Supremo Tribunal” que a 24 de junho de 2022 reverteu a decisão Roe v. Wade de 1973, acabando com o direito ao aborto e deixando-o na dependência de legislação votada em cada um dos Estados. Entre os que condenaram a decisão do Supremo, a AP recorda a afirmação do bispo presidente da Igreja Episcopal, Michael Curry, dizendo que estava “profundamente triste” com ela.

No campo judaico, a maioria concordava com a situação anterior a 2022 e, perante a alteração, associações de mulheres judias chegaram a organizar processos judiciais contestando a decisão do Supremo em Estados como Indiana e Kentucky. Na Flórida, uma sinagoga iniciou, inclusive, um processo judicial argumentando que a proibição estatal do aborto violava os ensinamentos judaicos e limitava a liberdade religiosa dos judeus.

No referido artigo, David Crary cita Dheepa Sundaram, professora assistente de estudos religiosos na Universidade de Denver, para quem “a maioria dos hindus dos EUA é muito pró-escolha [contrários à proibição do aborto]”. Crary recolhe vários elementos para afirmar que “no budismo, no islamismo e no sikhismo, também há uma ampla aceitação do aborto em algumas circunstâncias”.

A aproximação do aniversário (24 de junho) do anúncio do fim do direito nacional ao aborto, deverá reacender os debates e as manifestações em vários Estados dos EUA.

 

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