
Inscrições no chão em memória das 17 vítimas do tiroteio numa escola de Parkland (EUA), em Fevereiro de 2018. Foto © Fabrice Florin-Mill Valley/Wikimedia Commons
Um senador republicano viu aprovada numa secção do Senado da Flórida (Estados Unidos da América) uma proposta que visa expandir os direitos de porte de arma de fogo a lugares de culto de confissões religiosas que tenham uma escola no mesmo complexo.
A proposta, que engloba nomeadamente igrejas, mesquitas e sinagogas, exige apenas que o portador detenha uma licença de porte de arma e a traga escondida. Aprovada segunda-feira, dia 1 de fevereiro, a iniciativa inscreve-se naquilo que tem sido chamado nos EUA de “bíblias e balas”. Foi contestada por organizações do Estado como a Liga das Mulheres Eleitoras da Flórida, a Coligação da Flórida para Prevenir a Violência Armada, e a Flórida NOW, defendendo que há maneiras mais inteligentes de resolver os problemas que possam surgir.
Um senador democrata observou, nos debates, que não pode concordar que “um bom rapaz, com uma arma na mão, seja a resposta a dar à violência das armas”. Ao que o promotor e seus apoiantes dos dois partidos ripostam dizendo que se trata de garantir a segurança das instituições religiosas e a liberdade de culto.
Sobretudo na sequência do massacre da escola de Parkland, de que resultaram 17 mortos, os democratas têm procurado adotar políticas mais restritivas de acesso e uso de armas. E, de facto, o uso de armas nos lugares de culto já é permitido neste estado do Leste dos Estados Unidos, com a exceção daqueles que tenham escolas nas imediações. A legislação que foi agora aprovada destina-se a alargar também a possibilidade a estes casos.