
Numa revisão conjunta realizada em 38 países da região europeia, as agências encontraram muitos exemplos preocupantes de detenção infantil. Foto © UNICEF/Ryeng.
Três agências da ONU pedem aos países europeus que encontrem alternativas para a detenção de crianças em busca de asilo, refugiadas e migrantes em todo o continente. A Organização Internacional para as Migrações (OIM), a UNICEF e o ACNUR (Alto Comissariado da ONU para os refugiados) também apresentaram uma série de alternativas e recomendações para ajudar a acabar com a detenção de crianças, disse Stephane Dujarric, porta-voz-chefe do secretário-geral da ONU, António Guterres.
“A detenção nunca é no melhor interesse das crianças, é uma violação de seus direitos e deve ser evitada a todo custo”, afirmou esta terça-feira, 5, um porta-voz da ONU.
Numa revisão conjunta realizada em 38 países da região europeia, as agências encontraram muitos exemplos preocupantes de detenção infantil.
A detenção “tem um impacto profundo e negativo na saúde e bem-estar infantil e pode ter um efeito negativo duradouro no desenvolvimento cognitivo das crianças”, afirmam as agências, num documento informativo.
“A detenção agrava o sofrimento psicológico e faz correr riscos de depressão, ansiedade, violência e abuso”, acrescenta o texto.
Há já programas alternativos amigos das crianças e viáveis economicamente, neste domínio, que o estudo das agências da ONU identificaram. Daí que as recomendações do relatório se orientem no sentido de expandir as alternativas à detenção para crianças e famílias, investir em condições de acolhimento e sistemas nacionais de proteção infantil e melhorar a coleta de dados nacionais e as capacidades de monitoramento nos países e na União Europeia”.