Evangelizar nas redes sociais 

| 15 Ago 2022

redes sociais foto c pixabay (1200 x 612 px)

Presença nas redes sociais deve ser vista sob vários prismas. Foto © Pixabay

 

Acolhendo a desafiante exortação do Papa Francisco aos participantes no Congresso Mundial da Signis – Associação Católica Mundial para a Comunicação – que decorre em Seul, de 16 a 19 de Agosto de 2022, decidi-me a revisitar a minha presença nas redes sociais e assinalar o que surge mais frequentemente. E partilho-o como serviço à evangelização.

Marco facilmente três campos privilegiados: atenção às pessoas e sua situação, mensagens que surgem no meu espaço de trabalho e ressonância que acho bem divulgar.

Na atenção às pessoas, dedico uma particular atenção às que estão de luto pela morte dos seus familiares ou amigos/as. “Estou convosco que sofreis a dor de quem partiu e, embora sabendo que a vida terrena dá lugar à vida eterna, fico unido na fé cristã que ilumina e fortalece a esperança tão necessária nas nossas vidas.” De vez em quando, chegam-me ecos de agradecimento, sinal de uma relação virtual muito apetecida.

Na atenção às pessoas, alargo o meu horizonte de trabalho apostólico a outras situações: festas e romarias, músicas e danças, folclore e guitarradas. Sinto-me bem quando tal acontece.

As mensagens são muito diversificadas. A ilustrar esta afirmação, deixo duas amostras que considero preciosas.

Fiquei indignado com a reportagem da RTP no final da celebração de Fátima, de 13 de Agosto de 2022. Anunciada como balanço da cerimónia, o repórter não encontrou melhor do que fazer falar dois peregrinos sobre o acender da vela que acabavam de fazer. O homem respondeu por monossílabos: sim e não. A mulher lá foi destrinçando algumas razões: minhas intenções, meus familiares e amigos de emigração… E assim fez o resumo-balanço de uma peregrinação notável. Pobre e deformante comunicação.

O Papa Francisco, na referida mensagem, pede que se faça a indispensável educação ética e chama a atenção para que haja um juízo ético indispensável por parte dos comunicadores e de todos aqueles que se preocupam com a autenticidade e a qualidade das relações humanas.

Às vezes, e em alguns lugares, os sites dessas redes tornam-se locais de toxidade, discurso de ódio e notícias falsas. E insta “a que sejam ajudadas as pessoas, especialmente os jovens, a desenvolver um sentido crítico, aprendendo a distinguir a verdade da falsidade, o certo do errado, o bem do mal, a apreciar a importância de trabalhar pela justiça, pela concórdia social e pelo respeito à nossa casa comum” [ver 7MARGENS].

 

Dos Amigos 

“Esta semana foi rica em atividade: lancei uma busca de opiniões sobre a exortação A Alegria do Evangelho que vai servir de base à Escola Paroquial. Fui à Segurança Social provar que não recebo nenhuma remuneração nem da Paróquia nem da Fundação para justificar o meu pedido de ajuda ao Cuidador que só em deslocações comigo aos médicos gasta muito. Fui a uma Consulta de Dermatologia ao Hospital de Santa Maria. Já tenho outra marcada para dia 26, para fazer uma cirurgia.

Quanto à minha querida perna/sofredora, não tem sido nada fácil. Umas noites não me deixa dormir outra a seguir durmo mesmo com dores. Assim vou carregando a cruz com alegria em cada dia. De mãos dadas com Ele… E agora vou lendo “A Alegria do Evangelho” a preparar novo ano pastoral…

Corações ao alto, porque o nosso coração está em Deus, para irmos em frente.” (Padre Batalha, pároco da Lourinhã, diocese de Lisboa, 13/14 de Agosto de 2022.)

“Vamos continuar a viver nossas vidas ao máximo, um dia de cada vez!”

Sim, nós realmente passamos por muito mais meios de comunicação e transportes do que jamais uma só geração passou! Tivemos uma infância analógica e uma idade adulta digital. Nossa geração viveu e testemunhou muito mais, em todas as dimensões da vida!

Esta é a nossa geração que deu um novo paradigma para a palavra MUDAR!

Certamente aprendemos amor, ética e muito mais, com os nascidos nos anos 20, 30 e 40, segurando a mão um do outro.

Os meus melhores votos, meus queridos amigos, a todos vós que sois da época, que foi, é, e será como nenhuma outra! Nenhuma será igual à nossa. Vamos continuar a viver as nossas vidas ao máximo, um dia de cada vez!” (Edgar Panão)

 

Georgino Rocha é padre católico da diocese de Aveiro e desempenhou já o cargo de vigário diocesano da pastoral.

 

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Durante o minuto que demorei a escrever esta frase, foram gastos 2.700 euros em raspadinhas. Durante os cinco minutos que demorará a leitura desta crónica, serão gastos no país 13.500 euros em raspadinhas. Durante todo o dia de hoje, nada mais nada menos do que quatro milhões de euros irão para a compra de raspadinhas. [A crónica de Joaquim Fidalgo]

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