
Funeral na aldeia de Genabe, no estado de Makurdi-Benue (Nigéria), em 2018. Nos últimos 14 anos, desde a investida dos fundamentalistas islâmicos organizados no Boko Haram, pelo menos 52.250 cristãos nigerianos foram brutalmente assassinados. Foto © ACN Portugal.
Mais de cinco mil cidadãos foram mortos em 2022 na NIgéria por serem cristãos e os massacres de cristãos continuam este ano, tendo provocado 1.041 vítimas só nos 100 primeiros dias de 2023, noticia o Vatican News na sua edição de 17 de abril, citando um relatório do observatório nigeriano Intersociety.
O organismo, intitulado Sociedade Internacional para Liberdades Civis e Estado de Direito, foi criado em 2008 como grupo de investigação para monitorizar e investigar “perseguições religiosas e outras formas de violência religiosa por parte de atores estatais e não estatais em toda a Nigéria”.
No documento agora divulgado, o observatório nigeriano indica que nos últimos 14 anos, desde a investida dos fundamentalistas islâmicos organizados no Boko Haram, pelo menos 52.250 cristãos nigerianos foram brutalmente assassinados, mais de 30 mil dos quais durante a presidência de oito anos do ex-presidente nigeriano Muhammadu Buhari, frequentemente criticado durante o seu mandato por nada fazer para combater a crescente insegurança no país.
A zona de Xian foi das mais massacradas, tendo 18 mil igrejas e 2.220 escolas sido alvo de ataques. Calcula-se que hoje sejam cerca de 14 milhões os cristãos que foram forçados a fugir das suas casas e procurar refúgio noutras zonas do país ou em campos de refugiados criados na Nigéria.