
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, tomou a decisão depois de ter visto “dados que mostram um aumento na violência antissemita” online. Foto © Anthony Quintano/Wikimedia Commons.
A decisão foi anunciada esta segunda-feira, 12 de outubro, pela vice-presidente de política de conteúdos do Facebook, Monika Bickert, e confirmada pelo próprio dono e fundador da rede social, Mark Zuckerberg: perante o crescimento das manifestações de antissemitismo online, o Facebook irá banir “qualquer conteúdo que negue ou distorça o Holocausto”.
De acordo com Bickert, só entre abril e junho deste ano, o Facebook removeu 22 milhões de exemplos de discurso de ódio contra os judeus e baniu mais de 250 organizações antissemitas. “O anúncio de hoje marca mais um passo no nosso esforço para combater o ódio nos nossos serviços”, afirmou, citada pelo Jewish News.
Zuckerberg confessou, por seu lado, ter lutado “com a tensão entre defender a liberdade de expressão e os danos causados por minimizar ou negar o horror do Holocausto” e admitiu ter tomado a decisão depois de ter visto “dados que mostram um aumento na violência antissemita”. “Traçar a linha entre o que é e o que não é aceitável não é simples, mas perante o estado atual do mundo, acredito que este é o equilíbrio certo”, afirmou.
A partir de agora, informaram ainda os responsáveis da rede social, qualquer pessoa que efetue uma pesquisa sobre o Holocausto no Facebook será “direcionada para fontes confiáveis, de modo a obter informações fidedignas” acerca do tema.