Acnur lança apelo

Falta de recursos pode levar a cortes no apoio vital a refugiados

| 28 Out 2022

Migrantes em Beirute, no Líbano FOTO OIM Muse Mohammed

Migrantes em Beirute, no Líbano, onde “70 mil famílias de refugiados extremamente vulneráveis ​​deixaram de receber a ajuda da rede de segurança da agência”. Foto © OIM / Muse Mohammed.

 

Os cortes já começaram nos últimos meses: a falta de recursos forçou a Agência da ONU para os Refugiados, Acnur, a “reduzir programas essenciais” de muitas das operações de ajuda em curso. Esta sexta-feira, 28, o organismo anunciou que “se não conseguir pelo menos 700 milhões de dólares até ao final do ano, podem acontecer reduções catastróficas para os necessitados”.

A agência dá exemplos de consequências reais dos cortes que já aconteceram: no Uganda, que está a passar por um surto de ébola, “o Acnur não consegue adquirir sabonetes e kits de higiene suficientes para ajudar a combater a doença mortal”; no Chade, “o abastecimento de água nos campos foi cortado devido à falta de combustível”; no Líbano, “70 mil famílias de refugiados extremamente vulneráveis ​​deixaram de receber a ajuda da rede de segurança da agência”. Uma das maiores preocupações atuais são as lacunas de financiamento no Médio Oriente,  à medida que o inverno se aproxima.

O diretor da Divisão de Relações Externas do Acnur, Dominique Hyde, destaca que “as necessidades estão a aumentar devido a uma confluência de guerra e violência, assim como ventos cruzados económicos e geopolíticos”.

Embora os doadores, especialmente empresas privadas, fundações e indivíduos, tenham contribuído com níveis recorde de financiamento em 2022, os efeitos em cascata da crise na Ucrânia estão a afetar a capacidade de resposta equitativa em todo o mundo.

Hyde lembra que “as pessoas obrigadas a fugir já pagam o preço dos conflitos que devastaram as suas terras” e que o sofrimento adicional, em particular neste ano e no próximo, pode ser reduzido “com uma ação internacional rápida”.

Desde que destacou a lacuna de financiamento em 12 operações particularmente subfinanciadas no início deste ano, a agência recebeu 400 milhões de dólares adicionais. No entanto, mesmo com essa injeção de recursos, as necessidades continuam a crescer e a diferença permanece em 700 milhões de dólares (cerca de 702 milhões de euros).

 

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