50 anos do golpe que derrubou Allende

“Fazer memória é vital para o Chile”

| 10 Set 2023

O general Augusto Pinochet desfila no dia das comemorações do 9º ano do golpe de Estado que o levou ao poder, em 1981. Foto © Ben2/Wikimedia Commons

O general Augusto Pinochet desfila no dia das comemorações do 9º ano do golpe de Estado que o levou ao poder, em 1981. Foto © Ben2/Wikimedia Commons

 

A 11 de setembro de 1973, o general Augusto Pinochet tomou o poder no Chile ao derrubar o Presidente Salvador Allende. O golpe de Estado iria marcar o início de uma ditadura sangrenta, oficialmente responsável por 3.200 assassinatos e desaparecimentos. Nesta data, que se assinala hoje, um grupo de religiosas escreveu um manifesto no qual salientam a necessidade de “fazer memória” desta data.

“Não podemos ficar em silêncio”, dizem as religiosas Alejandra Espinoza, Eugenia Ossa, Licarayen Muñoz, Luisa Rodríguez e María Veronica Segovia, que defendem que “fazer memória permite-nos descobrir o melhor para o presente e para o futuro”.

Estas religiosas argumentam que a “diversidade de posturas” em relação à ditadura do general Pinochet não pode “paralizar este processo e muito menos negar o acontecimento histórico que trouxe dolorosas e dramáticas consequências para numerosas famílias deste pais”.

Este grupo escreve para pedir que “quem tenha informação” sobre as milhares de pessoas que continuam desaparecidas até esta data se possa chegar à frente e deixem “ver a verdade”. “Solicitamos também ao poder judicial que que continue a fazer todos os esforços nesta área tão fundamental de se fazer justiça, não apenas para as famílias afetadas, como também para alcançarmos a tão desejada reconciliação e convivência pacífica”.

As religiosas criticam a igreja chilena que “empobreceu a sua voz profética, que foi vital naquela altura”. “Pastores, consagradas e consagrados, leigas e leigos, comunidades cristãs que acompanharam o povo do Chile nos tempos da ditadura deixaram-nos um grande legado de compromisso que não soubemos ou não quisemos continuar”, lamentam.

As comemorações dos 50 anos do golpe de Estado já iniciaram ontem, com uma marcha pacífica que teve momentos de tensão. António Costa é um dos governantes que marcarão presença hoje, nas celebrações que pretendem evocar as vítimas do regime de Pinochet, que durou até 1988, e deixar uma mensagem a favor das democracias e do respeito pelos direitos humanos.

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