
“Acreditamos que é fundamental saber prevenir a violência e saber combatê-la também através da denúncia”, afirmam as freiras salesianas a propósito desta campanha.
“Sentimos o dever de manifestar abertamente a solidariedade com as mulheres que sofrem todo o tipo de violência.” Quem o diz são as irmãs salesianas Filhas de Maria Auxiliadora, da Província de São João Bosco, em Roma, que pela primeira vez decidiram associar-se pessoalmente a uma campanha de prevenção, a propósito do Dia Internacional Contra a Violência de Género, assinalado esta sexta-feira, 25 de novembro.
“Todos os dias encontramos inúmeras meninas e meninos, em diferentes ambientes educativos: escolas, cursos de formação profissional, oratórios, centros de dia, casas de família, centros juvenis. O nosso trabalho visa ajudar os jovens a desenvolver uma identidade pessoal baseada nos valores humanos e cristãos”, explica a irmã Loredana Locci, citada pela revista Família Cristã italiana.
“Especificamente, procuramos, por um lado, tornar as mulheres conscientes do seu valor, dignidade e potencial e, por outro, fazer com que os meninos cresçam em maior sensibilidade, consciência e respeito. Acompanhando o crescimento emocional, acreditamos que é fundamental saber prevenir a violência e saber combatê-la também através da denúncia”, sublinha a conselheira da Pastoral Juvenil na congregação
As irmãs deram assim a cara pela campanha promovida pela associação VIDES (Voluntariado Internacional para a Mulher, Educação e Desenvolvimento), que se inspira numa frase do Papa Francisco: “Quanta violência existe contra as mulheres. Basta! Ferir uma mulher é ultrajar a Deus, que a partir de uma mulher gerou a humanidade”.
O Vaticano assinalou também a data com a divulgação de um vídeo que recorda a reflexão de Francisco sobre a violência contra as mulheres, feita a 1 de janeiro de 2020. “O renascimento da humanidade começou pela mulher. As mulheres são fontes de vida; e, no entanto, são continuamente ofendidas, espancadas, violentadas, induzidas a se prostituir e a suprimir a vida que trazem no seio. Toda a violência infligida à mulher é profanação de Deus, nascido de uma mulher”, afirmou na altura o Papa, para concluir que, “pelo modo como tratamos o corpo da mulher, vê-se o nosso nível de humanidade.”
No perfil de Twitter do Papa, o dia ficou ainda marcado pela seguinte frase: “A violência exercida contra uma mulher ou a sua exploração não é um simples reato, é um crime que destrói a harmonia, a poesia e a beleza que Deus quis dar ao mundo”.