
Os líderes do G-7 acordaram também reduzir evasão fiscal. Foto © Andrew Parsons / No 10 Downing Street
Mil milhões de doses de vacinas anti-covid-19 serão doadas pelos sete países ocidentais mais ricos aos países mais pobres até ao final de 2022. A decisão foi tomada neste domingo, 13 de junho, no final da cimeira que juntou durante três dias em Carbis Bay (Cornualha, Reino Unido) os chefes de Estado e primeiros-ministros do Reino Unido, EUA, Alemanha, França, Itália, Canadá e Japão.
Na cimeira foi também reafirmada a vontade dos sete países reunirem todos os anos (até 2025) 100 mil milhões de dólares para apoiar os países mais pobres na descarbonização das suas economias, bem como o compromisso de manter o aumento do aquecimento global abaixo dos 1,5º C quando comparado com a temperatura média do planeta anterior à Revolução Industrial. Estes dois acordos foram de imediato criticados pelas organizações internacionais de ativistas pelo ambiente. O primeiro como sendo insuficiente (a mesma decisão já fora tomada há dois anos e não foi cumprida, alegadamente por causa dos recursos empregues na luta contra a pandemia). O segundo por não conter qualquer referência aos meios para alcançar tal objetivo – que é o mais ambicioso dos propostos pela Cimeira do Clima de Paris (2015).
O G-7 aprovou ainda a proposta, já anteriormente trabalhada pelos respetivos ministros das Finanças, de reduzir a evasão e a concorrência fiscal entre países, aceitando os 15% como taxa mínima de IRC e abrindo caminho a legislação que obrigue as multinacionais a pagarem impostos sobre os rendimentos nos países em que obtêm esses rendimentos e não nos paraísos fiscais em que registem a sua sede.