
Patrulha militar em Bangui, na República Centro-Africana. Foto © Eskinder Debebe/ONU.
São grupos “envolvidos em crimes de guerra, crimes contra a humanidade, crimes ambientais e saques em larga escala” e já controlam “70%, ou até mesmo 80%” da República Centro-Africana, alertam os bispos católicos do país numa declaração divulgada esta terça-feira, 8 de setembro, pelo Vatican News.
“Quando se viaja pela República Centro-Africana, é assustador encontrar povoações inteiras forçadas ao abandono pelas suas populações ou incendiadas por criminosos impunes. As famílias preferem viver no exílio ou em campos para pessoas deslocadas, que às vezes ficam a 100 metros de suas casas”, denunciam os bispos. E alertam que a situação poderá piorar, pois “alguns destes grupos estão a fortalecer-se, a recrutar novos combatentes e a aumentar os stocks de armamentos e munições”.
Antecipando as eleições presidenciais previstas para dezembro, os responsáveis da Igreja Católica convidam os fiéis a questionar-se sobre “que líderes serão capazes de tirar os habitantes da República Centro-Africana da opressão, da miséria e da ignorância” e apelam em particular a todas as mulheres e jovens do país “para que se mobilizem para participar ativamente no processo eleitoral”.