
“Hoje”, afirmou o arcebispo Shevchuk, chefe da Igreja Greco-católica Ucraniana, “a maioria dos nossos fiéis deseja esta reforma. Noventa por cento dos fiéis apoiam-na”. Foto © Diocese de Kiev.
A partir do dia 1 de setembro deste ano, data que marca o início do novo ano litúrgico na tradição bizantina, a Igreja Greco-católica Ucraniana passará a utilizar o calendário gregoriano (seguido pela Igreja Católica) para a celebração de festas fixas, nomeadamente o Natal, Epifania e as memórias dos santos. No caso da Páscoa e das festas a ela associadas, continuará a ser seguido o calendário juliano (seguido pela Igreja Ortodoxa). O anúncio foi feito esta segunda-feira, 6 de fevereiro, pelo arcebispo Sviatoslav Shevchuk, chefe da Igreja Greco-católica Ucraniana, noticia o Vatican News.
Explicando as razões da decisão, tomada durante o Sínodo dos Bispos greco-católicos na Ucrânia (que se realizou nos dias 1 e 2 de fevereiro), o primaz disse que a questão do calendário tem vindo a causar divisões e que, no ano passado, vivido em contexto de guerra com a Rússia, a opinião amadureceu gradualmente entre os ucranianos. “Hoje”, afirmou o arcebispo Shevchuk, “a maioria dos nossos fiéis deseja esta reforma. Noventa por cento dos fiéis apoiam-na”.
O Natal passará assim a ser celebrado a 25 de dezembro (e não a 7 de janeiro), por exemplo. Mas a Páscoa continuará a ser celebrada juntamente com os ortodoxos, na esperança de um resultado positivo nas conversações, por ocasião do 1700º aniversário do Concílio de Nicéia, que acontece em 2025, no sentido de encontrar uma data comum na qual todos os cristãos possam celebrar juntos a solenidade mais importante do ano litúrgico.
As comunidades e paróquias que não se sintam ainda prontas para implementar as alterações definidas podem, com a permissão do bispo da eparquia, adiar a mudança até ao ano de 2025.