
“Defendemos uma lógica diferente da que é baseada na competição geopolítica”, diz o Conselho Mundial de Igrejas. Fotografia: Albin Hillert/WCC
É mais um apelo urgente pela paz para o povo da Ucrânia aquele que foi feito em nome das igrejas membro do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), de todo o mundo, pelo secretário-geral interino da organização, Ioan Sauca.
“Ao acompanharmos as notícias sobre o enlouquecido impulso para a guerra, defendemos uma lógica diferente da que é baseada na competição geopolítica: uma lógica que tem em conta a morte e o sofrimento que qualquer conflito armado inevitavelmente causa às crianças, mulheres e homens de Ucrânia”, disse Ioan Sauca. “Oramos por uma mudança nos corações e mentes, por uma diminuição das tensões e pelo diálogo em vez de ameaças.”
“O povo de Deus, assim como os membros da comunidade ecuménica, estão dos dois lados do atual conflito”, sublinhou. “No entanto, o nosso Deus é um Deus de paz, e não um Deus de guerra e de derramamento de sangue. Embora o que torne a paz possível possa permanecer oculto aos olhos dos que lideram o impulso para a guerra, rezamos para que a paz lhes seja revelada e prevaleça”, apontou Sauca.
O Papa convocou para esta quarta-feira uma jornada de oração pela paz na Ucrânia, para a qual a Conferência Episcopal Portuguesa pediu adesão dos crentes do país. Também os bispos católicos da Polónia e da Ucrânia publicaram uma declaração conjunta, pedindo a intervenção da comunidade internacional para travar um conflito militar. Já o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) apelou à resolução do conflito na Ucrânia “exclusivamente através do diálogo”.