
Igreja Matriz de Parâmio, uma das que foram visadas pela onda de assaltos que tem percorrido a diocese de Bragança-Miranda. Foto © Mapio.net.
Várias igrejas da diocese de Bragança-Miranda foram assaltadas “no espaço de poucos dias, já por duas vezes quase consecutivas”, alerta a Comissão de Arte Sacra e Bens Culturais da Igreja daquela diocese, em comunicado enviado esta quinta-feira, 21 de setembro, às redações.
Os recentes assaltos, “que mais estragam do que furtam”, seguiram modelos semelhantes, descreve a nota de imprensa: “Depois da intrusão, tudo foi vasculhado, deixando por terra paramentos, objetos de culto e, sobretudo, as imagens foram inspecionadas na mira de verificar se estavam adornadas com ouro. Num caso, foi bastante avultado o ouro furtado, visto que os dedos de uma imagem de Nossa Senhora estavam todos com anéis e alianças”.
Os assaltantes terão levado também algumas “quantias em dinheiro, que apesar de pequenas são significativas para as comunidades”.
Para evitar que este tipo de roubos de repita, a Comissão de Arte Sacra e Bens Culturais da Igreja alerta para a importância de “vigiar e proteger da melhor forma possível as igrejas e tudo o que será suscetível de interessar aos ladrões”.
Consciente de que esta é uma tarefa difícil na região, pois “o número reduzido de habitantes nas aldeias e a raridade de ocupação das casas não garante uma atenção permanente ou dissuasora”, a comissão deixa no entanto alguns “conselhos práticos” às paróquias, nomeadamente que se proceda ao inventário dos bens, se reforcem portas e janelas e se coloquem os objetos de culto em lugar que não seja de acesso imediato.
“Nenhuma imagem deve estar adornada com brincos, cordões, anéis, pulseiras, etc. todos os dias”, destaca o comunicado, que sugere ainda que, “em casos mais elaborados”, seja colocada “uma câmara com deteção de movimento à entrada da sacristia, que acione um alarme”.