
“Quase 20 anos após a restauração da independência, com muita alegria celebramos a inauguração da Universidade Católica de Timor, com o padroeiro São João Paulo II”, afirmou o chefe do Governo de Timor-Leste, Taur Matan Ruak. Foto reproduzida a partir da página de Facebook do mesmo.
Timor-Leste conhece, a partir desta semana, um alargamento significativo da oferta de ensino superior, com a inauguração da Universidade Católica São João Paulo II. O ato, que se realizou nesta quarta-feira, 8, teve a presença do arcebispo Virgilio do Carmo da Silva, de Díli, e do primeiro-ministro Taur Matan Ruak.
Com um corpo docente inicial de 50 professores e tendo como reitor o padre franciscano Joel Casimiro Pinto, a nova instituição prevê iniciar as atividades em fevereiro de 2022, com quatro faculdades – Educação, Artes e Cultura; Saúde; Ciências Humanas; e Engenharia Técnica Agrícola. Para além do corpo docente próprio, serão convidados professores da Indonésia, Portugal, Macau e Brasil.
De acordo com a agencia católica UCANews, a Universidade é financiada pelo governo timorense, através de um subsídio anual concedido à Diocese de Díli, metade do qual é dedicado à educação. As instalações funcionarão num edifício da Escola Secundária St. Joseph, em Balide, nos arredores de Díli.
O arcebispo da capital timorense referiu, no ato inaugural, que o projeto de uma universidade católica no país, que é independente há quase 20 anos, vinha já dos tempos do bispo Carlos Ximenes Belo. Acrescentou que a instituição agora inaugurada quer proporcionar uma formação com padrões internacionais e contemplar, no futuro, “todas as áreas da atividade humana inspirada nas tradições intelectuais, morais e espirituais católicas”.
Segundo o responsável da Igreja, a universidade está aberta a estudantes de outras religiões, sem discriminação, ainda que se paute pelos princípios e regras das universidades católicas.
O primeiro-ministro, por sua vez, recordou a viagem do Papa João Paulo II a Timor-Leste, em 1989, quando o país estava ainda sob o domínio indonésio. Ele é uma figura “com quem o nosso país tem um grande vínculo de amor e devoção”, observou Ruak.
“Quase 20 anos após a restauração da independência, com muita alegria celebramos a inauguração da Universidade Católica de Timor, com o padroeiro São João Paulo II”, frisou o chefe do Governo de Timor-Leste.