
O míssil balístico intercontinental RS-24 Yars, fabricado pela Rússia. Foto © Wikimedia Commons / Vitaly V. Kuzmin.
O Papa afirma, na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz 2022 (a celebrar no próximo 1 de Janeiro), que os Estados devem investir mais na educação em vez de reforçar arsenais militares.
“Nos últimos anos, diminuiu sensivelmente a nível mundial o orçamento para a instrução e a educação, vistas mais como despesas do que como investimentos; e, todavia, constituem os vectores primários dum desenvolvimento humano integral”, escreve Francisco, num texto sintetizado pela agência Ecclesia e que pode ser lido na íntegra no portal do Vaticano.
As despesas militares ultrapassam agora “o nível registado no termo da ‘Guerra Fria’, e parecem destinadas a crescer de maneira exorbitante”.
A mensagem para o primeiro dia de 2022 é dedicada ao tema “Diálogo entre gerações, educação e trabalho: instrumentos para construir uma paz duradoura”. Nela, o Papa insiste na necessidade de promover um “real desarmamento internacional”, libertando recursos financeiros para outras áreas, incluindo a instrução e a educação como motores da paz.
Francisco manifesta ainda a sua preocupação com o agravamento das condições laborais, por causa da covid-19. Os precários “cada vez mais vulneráveis”, os trabalhadores dos serviços essenciais “ainda menos visíveis à consciência pública e política”, os jovens e os desempregados são situações referidas neste âmbito.
A mensagem aborda também os impactos globais da pandemia e da crise climática, por causa de um modelo económico “mais baseado no individualismo do que na partilha solidária”.
O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano.