
Duas crianças cristãs, durante a “cerimónia das oliveiras” para 404 refugiados cujas casas foram reconstruídas em 2017, em Qaraqosh. Agora, poderão celebrar o Natal como feriado. Foto: © AIS
O Parlamento iraquiano aprovou por unanimidade o reconhecimento do Natal como feriado nacional já a partir deste ano, na sequência de uma proposta feita pelo patriarca da Igreja Caldeia, Louis Raphael Sako, durante o seu último encontro com o presidente Barham Salih, anunciou a agência Fides na passada quinta-feira, 17 de dezembro.
O governo do Iraque já havia declarado o Natal como feriado em 2008, mas nos anos seguintes essa disposição foi renovada apenas na região semi-autónoma de Kirkuk. No ano passado, o próprio cardeal Louis Sako sugeriu que o Natal fosse celebrado de forma sóbria, sem momentos de convívio público, como sinal de proximidade com as famílias das centenas de mortos e feridos registados durante os protestos contra o regime iraquiano que tinham abalado o país nos meses anteriores, e também com receio de possíveis ataques.
Ao saber da decisão, tomada a menos de três meses da viagem apostólica do Papa ao país, o patriarca caldeu divulgou uma mensagem de agradecimento a Barham Salih, ao presidente do Parlamento, Muhammad al Halbousi, e a todos os deputados “pelo voto favorável ao bem dos seus irmãos cristãos”.