
O teto da Grande Sinagoga de Moscovo. Foto © Yeshshem, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons.
Advogados da Agência Judaica – a instituição que organiza em todo o mundo a imigração judaica para Israel – foram ouvidos no dia 28 de julho num tribunal de Moscovo para contestar a decisão do Ministério da Justiça de proceder à liquidação de todos os ativos da agência no país.
Segundo noticia o Jewish News de dia 28 de julho, os advogados não fizeram declarações à saída do tribunal, “mas os jornalistas israelitas que acompanham o caso disseram que foi marcada nova audiência para 19 de agosto”.
A dissolução da filial russa da agência foi solicitada este mês pelo Ministério da Justiça da Rússia ao tribunal distrital de Basmanny (Moscovo), sem que sejam públicas as razões invocadas para tal, embora se perceba que estas estão relacionadas com o posicionamento de Israel sobre a invasão da Ucrânia.
O pedido de liquidação ameaçou romper as relações diplomáticas entre os dois países que tinham permanecido cordiais no início da guerra, mas que foram ficando mais tensas em função de declarações agrestes de responsáveis políticos de ambos os países.
Os números da Agência Judaica – citados pelo Jewish News – mostram um aumento exponencial dos pedidos de emigração para Israel com o início da guerra: desde fevereiro, “17 000 russos obtiveram a cidadania israelita e é esperado que mais 40 000 a obtenham durante o resto deste ano. Estes números comparam com um total de 7 700 judeus russos que chegaram a Israel durante todo o ano de 2021.”