
“O acesso à habitação é um desafio que afeta todos, indiscriminadamente, em Portugal. No entanto, para as pessoas refugiadas, as dificuldades são acrescidas”, assinala André Costa Jorge, diretor do JRS Portugal. Foto © PTN Images.
Tendo em conta as dificuldades de acesso ao mercado imobiliário privado por parte de pessoas refugiadas, o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) acabam de lançar A_REDE, uma plataforma online que pretende ser uma “ponte” entre as famílias de refugiados e todas as pessoas que queiram fazer parte do seu acolhimento e inclusão em Portugal.
Colocando as famílias refugiadas “em contacto com pessoas que tenham casas para arrendar a preços acessíveis”, esta iniciativa visa “reforçar a capacidade de mobilização da sociedade em prol da inclusão de refugiados no território nacional”, explica o JRS em comunicado enviado ao 7MARGENS.
Através da nova plataforma digital, disponível em www.a-rede.pt, os interessados em fazer parte desta “REDE” podem fornecer, mediante preenchimento de um formulário online, as características dos imóveis e outros espaços que tenham disponíveis, bem como as condições de arrendamento.
“O acesso à habitação é um desafio que afeta todos, indiscriminadamente, em Portugal. No entanto, para as pessoas refugiadas, as dificuldades são acrescidas”, assinala André Costa Jorge, diretor do JRS Portugal e coordenador da PAR. “Este projeto vem, precisamente, convidar os senhorios a colocarem-se na sua pele e o impacto que poderão ter na vida de quem foi forçado a deixar tudo para trás. Estamos a falar de pessoas que não têm amigos ou familiares em Portugal que as ajudem a superar as exigências do mercado de arrendamento privado”, acrescenta, lembrando que “para as pessoas refugiadas, uma casa significa muito mais do que quatro meras paredes: representa uma oportunidade de um novo começo e a estabilidade que tanto anseiam alcançar, depois de tudo o que passaram nos países de origem e de todas as atrocidades que enfrentaram na travessia”.