
Glyn Secker, Secretário da Jewish Voice for Labor, discursa numa manifestação pró-Palestina. Foto © Palestine Solidarity Campaign
Glyn Secker, secretário da Jewish Voice For Labor – uma organização que reúne judeus membros do Partido Trabalhista –, lançou um violento ataque aos “judeus que colocam Israel no centro da sua identidade” e classificou o sionismo como “uma obscenidade” ao discursar no dia 10 diante de Downing Street, durante um protesto contra os ataques de Israel na faixa de Gaza.
De acordo com a agência Jewish News de dia 11, Secker acusou Israel de ter “assassinado 44 pessoas, incluindo 15 crianças” durante o atual conflito em Gaza e afirmou-se orgulhoso de pertencer a um grupo que defende os “direitos humanos em todos os lugares”, pois “direitos humanos apenas para os judeus são direitos vazios”.
Este é mais um episódio nas difíceis relações entre o Partido Trabalhista e os assuntos judaicos que tiveram o seu ponto alto quando o anterior secretário-geral, Jeremy Corbyn, enfrentou acusações de antissemitismo antes de ser ameaçado de expulsão do partido.
A presidente do Young Labour (juventude trabalhista), Jessica Barnard, também interveio no protesto acusando Israel de travar “uma guerra contra crianças e jovens”, questionando o Governo britânico do Partido Conservador por “mobilizar biliões para apoiar a legítima liberdade dos ucranianos contra o imperialismo russo” e não dar “nem um pequeno passo para apoiar os palestinos”.
Questionada pelo repórter da Jewish News, Jessica Barnard recusou-se a condenar a Jihad Islâmica, ou a pronunciar-se sobre os mortos causados no atual conflito pelos morteiros lançados por aquela organização.