
Os investigadores concluíram que os judeus da Europa são mais propensos do que os americanos a seguirem rituais semanais, como o de acender velas todas as sextas-feiras à noite. Foto © Pexels.
Os judeus europeus consideram-se uma minoria religiosa e não um grupo étnico, mas veem o antissemitismo e o Holocausto como mais significativos para a definição da sua identidade do que Israel ou Deus, revela um estudo do Institute for Jewish Policy Research, divulgado esta semana e citado na edição de 4 de fevereiro do Jewish News.
O trabalho parte da análise dos dados recolhidos junto de mais de 16.000 judeus, durante o ano de 2018, em 12 países europeus, para, segundo o líder da equipa de investigação, Sergio DellaPergola, “criar uma descrição completa da identidade judaica dos judeus europeus, empregando uma metodologia não ensaiada antes e investigando os diversos modos como os judeus de toda a Europa reconhecem a sua identidade judaica”.
Entre outras conclusões, o estudo sublinha que a identidade judaica é mais forte na Europa ocidental do que no leste europeu, que os judeus mais jovens são mais religiosos e que em Espanha se encontra a percentagem mais elevada de judeus reformistas ou progressistas, enquanto a Bélgica reúne a maior concentração de judeus ortodoxos. Por outro lado, enquanto a maioria dos judeus europeus participa de um Sêder de Pessach e jejua no Yom Kippur, apenas pequenas minorias se alimentam exclusivamente de comida casher, ou frequentam a sinagoga semanalmente.
Comparando com dados recolhidos por um inquérito semelhante realizado em 2013 nos EUA, os investigadores concluem que os judeus da Europa são mais propensos do que os americanos a seguirem rituais semanais, como o de acender velas todas as sextas-feiras à noite.