
Laurent Ulrich nomeado arcebispo de Paris. Foto © Mory Hugo, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons.
O atual arcebispo de Lille, Laurent Ulrich, foi nomeado arcebispo de Paris pelo Papa Francisco na terça-feira, 26 de Abril. Laurent Bernard Marie Ulrich, de 70 anos, é apresentado como tendo um perfil moderado e sendo possuidor de uma sensibilidade social que o levou a implicar-se na causa dos migrantes.
O novo arcebispo — que sucede a Michel Aupetit, depois deste ter apresentado a sua demissão ao Papa no final de 2021 — é visto, de acordo com o jornal católico La Croix, como um homem “de transição”, dada a sua idade, 70 anos. “Este homem de diálogo terá a missão de apaziguar uma diocese ainda abalada pela renúncia de seu arcebispo anterior”, descreve o diário.
De acordo com um breve perfil publicado pelo portal Vatican News, Ulrich foi eleito arcebispo de Chambéry e bispo de Saint-Jean-de-Maurienne et Tarentaise em 6 de junho de 2000, e consagrado em 10 de setembro do mesmo ano. A 1 de fevereiro de 2008 foi nomeado arcebispo de Lille, tornando-se arcebispo em 29 de março seguinte, quando a Sé de Lille foi elevada ao estatuto de metropolita. Na Conferência Episcopal Francesa, é presidente do Conselho para o Ensino Católico.
Numa entrevista à RCF Hauts-de-France, uma rádio católica local, citada pela Vatican News, Ulrich relatou que ficou surpreendido com a notícia da escolha do Papa Francisco em confiar-lhe a Arquidiocese de Paris.
“Foi uma surpresa completa. Imediatamente expressei diante do núncio uma grande surpresa, espanto, quase uma maneira de dizer ‘não’. Lutei interiormente e espiritualmente porque disse a mim mesmo que não era para mim e que não sou a pessoa certa para este trabalho. Já tenho alguns anos de serviço, imagine que esta é a quarta diocese que vou servir. É uma ginástica. O meu ministério como arcebispo de Paris será um ministério que quer manifestar a amizade de Cristo. Contudo, não sei se serei capaz de demonstrar isso com minhas qualidades e meus defeitos. Não sei se serei realmente capaz de mostrar isso, mas é meu profundo desejo considerar os parisienses como meus amigos. Nunca visei uma posição, nunca tive outra ambição a não ser fazer o que a Igreja me pede.”