
Seis homens foram ilegalmente sequestrados num posto de controlo e torturados, sendo mais maltratados quando os seus sequestradores descobriram que eram cristãos. Foto © Somatuscani.
Na Líbia, “os cristãos da África subsaariana enfrentam uma mistura tóxica de racismo e hostilidade religiosa”, disse Kiri Kankhwende, assessora de imprensa da Christian Solidarity Worldwide (CSW), na sequência do rapto de seis egípcios que foram libertados dia 18, após pagamento de um resgate de 15 mil dólares por cada um.
Os seis homens, todos da aldeia de Alharja South, na região de Suhag, no sul do Egito, viajaram para a Líbia em busca de trabalho. Mas foram ilegalmente sequestrados num posto de controlo e torturados, sendo mais maltratados quando os seus sequestradores descobriram que eram cristãos.
A CSW saudou a libertação, mas insiste que ela não tem nada a ver com a disposição do Governo líbio de estar a ser mais tolerante com os cristãos ou com os estrangeiros: “É importante notar que os homens só foram libertados após o pagamento de um resgate”, disse Kiri Kankhwende, para quem a Líbia se tornou “um estado falido, dividido e sem lei que continua inseguro para os seus próprios cidadãos e ainda mais inseguro para estrangeiros, que são vistos por criminosos como uma fonte de renda ilícita”.