
“Cabe a cada um de nós ocupar o seu lugar para construir juntos e em pé de igualdade um mundo melhor, um mundo como as mulheres de Petrogrado proclamaram em 8 de março de 1917, ‘de pão e paz’”, diz o comunicado do MMTC. Foto © Southworks Creative.
A luta pela emancipação das mulheres, pela sua libertação e pelo reconhecimento da sua igualdade “está longe de terminar”, escreve em comunicado enviado à redação do 7MARGENS o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) a propósito do Dia Internacional da Mulher, que se celebra a 8 de março.
O MMTC recorda vários momentos históricos da luta das mulheres pela sua emancipação, lembrando que a “8 de março de 1917 mais de 90 mil mulheres saíram às ruas [de Petrogrado] para exigir melhores condições de trabalho, de vida e para se opor à política do Czar Nicolau II e à guerra que assolava a Europa (1914-1918)”. Essas “operárias e esposas de soldados exigiam pão para os filhos e o retorno dos maridos das trincheiras”. Foi esta manifestação, “conhecida como a marcha ‘Pão e Paz’, que marcou a data” que posteriormente (em 1977) seria consagrada pela ONU como Dia Internacional da Mulher.
A mensagem do MMTC foi este ano escrita por duas mulheres do MTC do Brasil e sublinha que “contando com as conquistas passadas, devemos continuar a lutar, pois a luta está longe de terminar. Cada passo, cada ação, por menor que seja, faz parte dessa longa história pela igualdade e libertação das mulheres. (…) Cabe a cada um de nós ocupar o seu lugar para construir juntos e em pé de igualdade um mundo melhor, um mundo como as mulheres de Petrogrado proclamaram em 8 de março de 1917, ‘de pão e paz’”.
Também no Evangelho, prossegue o comunicado, “Jesus quebra um tabu na conversa com a samaritana no poço de Jacob (Jo 4, 16-15. 28-30)”. “Um judeu a conversar com uma mulher, quanto mais com uma estranha, era um verdadeiro escândalo na época”. “Durante este diálogo, Jesus não julga esta mulher e leva-a a pensar sobre a sua vida”. Dessa troca de palavras, “nasce uma nova mulher que ousa ir além dos preconceitos e das tradições para testemunhar o que viveu neste diálogo com Jesus”.