Vatican Mall envolto em polémica

Luxuoso centro comercial prestes a abrir no Vaticano

| 10 Out 2022

vatican mall website centro comercial vaticano foto DR

Além de 50 lojas e inúmeros restaurantes, o Vatican Mall incluirá o espaço “Arte e Cultura” e promete, no seu site, apoiar campanhas de defesa dos direitos humanos.

 

Inaugura em novembro, a poucos metros da Basílica de São Pedro, num imóvel que é propriedade da Igreja Católica, o Vatican Mall: um luxuoso centro comercial que promete disponibilizar “apenas as melhores marcas italianas e internacionais”, com produtos “livres de impostos” para cidadãos de fora da União Europeia, e cuja abertura tem estado envolta em polémica nos meios de comunicação italianos.

O edifício onde se localiza o novo espaço comercial, vizinho da Pontifícia Universidade Urbaniana, pertence à Congregação para a Evangelização dos Povos e encontra-se arrendado à sociedade italiana Terminal Vaticano, que por sua vez o terá sub-alugado à empresa Gasak srl, que se assume como gestora do Vatican Mall, de acordo com um comunicado emitido pela própria e divulgado pelo jornal Avvenire na semana passada.

Além de incluir a palavra “Vatican” no nome, o logotipo do centro comercial é encimado pela silhueta da Basílica de São Pedro, numa clara identificação da marca com o local onde abrirá portas, com vista para aquele que é o maior e mais importante edifício religioso da Igreja Católica e um dos lugares sagrados mais visitados em todo o mundo.

De acordo com o diário la Reppublica, o projeto terá sido selecionado pelo cardeal Luis Antonio Tagle, prefeito da congregação detentora do espaço, entre várias propostas recebidas para o mesmo local, onde funcionava anteriormente uma escola de formação para as enfermeiras do hospital pediátrico Bambino Gesù.

Além de 50 lojas, inúmeros restaurantes, serviço de “personal shopper” e parque de estacionamento, o Vatican Mall incluirá o espaço “Arte e Cultura”, dedicado à exposição e promoção do trabalho de artistas modernos e contemporâneos, e promete o apoio a campanhas de defesa dos direitos humanos, nomeadamente através do “Social Glamour”, um projeto de criação de  roupa e acessórios que veiculem “mensagens sociais”, segundo pode ler-se no site do centro comercial.

 

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