
As obras musicais, na sua maioria de compositores judeus, serão trazidas a público pela primeira vez em apresentações e gravações. Foto © Pixabay.
São mais de 300 canções, 100 peças de música de câmara, 50 obras orquestrais, e também partituras de temas para teatro e cinema que virão finalmente a público, graças a uma parceria entre a editora americana de música clássica G. Schirmer, Inc. (pertencente ao Wise Music Group) e o Centro Exilarte para a Música Proibida, sedeado em Viena (Áustria), avança o jornal Jewish News.
“Os nazis queriam um mundo em que a música de compositores judeus fosse banida e esquecida. É, portanto, nossa obrigação contrariar essas políticas, resgatando do esquecimento a música de compositores exilados. Esta cooperação é de valor incrível para as gerações futuras”, defende Gerold Gruber, fundador do Centro Exilarte.
A editora G. Schirmer dará apoio financeiro contínuo ao Exilarte, o principal centro mundial de restauro, preservação e publicação de compositores banidos pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial, e assegurará a publicação da música restaurada.
“O acordo entre o Exilarte e a G. Schirmer garantirá que esses compositores que foram silenciados durante a Segunda Guerra Mundial não sejam esquecidos, os seus legados restaurados e as suas obras musicais trazidas ao público pela primeira vez em apresentações e gravações”, destacou por seu lado Robert Thompson, presidente da G. Schirmer/Wise Music.
O Centro Exilarte foi fundado em 2006 como uma associação para tratar da preservação da música que havia sido suprimida pelo regime nazi – em grande parte escrita por compositores judeus que foram alvo das políticas antissemitas genocidas do Terceiro Reich. Com sede no campus histórico da Universidade de Música e Artes Cénicas de Viena, tornou-se um centro de pesquisa e arquivo totalmente credenciado em 2016.