Em três navios de salvamento

Mais de um milhar de migrantes batem à porta de Itália

| 17 Set 2022

Barco com refugiados no Mediterrâneo. Foto © ACNUR

Barco com refugiados no Mediterrâneo. Foto © ACNUR

 

Depois de ter batido a uma dezena de portas para poder desembarcar com mais de quatro centenas de migrantes salvos no Mediterrâneo, o navio SeaWatch3 recebeu este sábado, dia 17, permissão das autoridades italianas para aportar em Reggio Calabria, no extremo sul do país.

A tripulação do navio declarou sexta-feira o “estado de necessidade”, na véspera de ficar sem condições para alimentar e cuidar dos 427 cidadãos, incluindo várias crianças, que se encontravam a bordo.

Na véspera, um outro navio de salvamento, o Sea-Eye 4, tinha atracado em Taranto, na região da Apúlia, com 129 pessoas recolhidas no mar. Destas, uma parte encontrava-se a bordo há quase duas semanas, devido ao facto de as autoridades italianas não indicarem porto para desembarque.

Ao largo, segundo várias fontes, encontra-se ainda o navio de resgate Humanity 1, da organização SOS Humanity, com 414 migrantes resgatados, o qual continua a esperar por indicação de um porto. Perante o agravamento da situação médica a bordo, os responsáveis da tripulação procuraram porto seguro. Apesar de 15 pedidos de atribuição de local de desembarque, nenhuma resposta positiva foi até este sábado obtida.

A ONG adianta que no navio se encontram 192 sobreviventes menores de 18 anos, 64 crianças menores de 13 anos, “algumas delas em condição instável, devido ao frio e a doenças gastrointestinais que crescem pela elevada concentração de pessoas em espaços diminutos”. Acresce, refere a SOS Humanity, que as crianças estão “stressadas e exaustas nesta situação e, portanto, não comem adequadamente”. A bordo estão ainda três bébés, um com apenas mês e meio. Duas das mães estão em condições físicas e mentais tão más que não conseguem amamentar seus bebés, acrescenta a ONG.

Comentando a situação geral na embarcação, Camilla Kranzusc, daquela organização, sublinha que a proteção de que esses grupos vulneráveis ​ a bordo precisam “não pode ser fornecida num navio”. “O mar não é um lugar seguro para essas pessoas, e pedimos aos responsáveis ​​que prestem assistência imediata a estas famílias, menores desacompanhados, mulheres e homens”.

 

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