
O padre Macalli tinha sido raptado em Niamey, no Níger, a 17 de fevereiro de 2018. Foto © ACN-Portugal
O padre italiano Pier Luigi Maccalli, da Sociedade de Missões Africanas, foi libertado esta quinta-feira, 8 de outubro, no Mali, depois de mais de dois anos em cativeiro às mãos de um grupo jihadista, anunciou a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). O missionário tinha sido raptado na diocese de Niamey, no Níger, a 17 de fevereiro de 2018.
Foram igualmente libertados outros três reféns: o italiano Nicola Chiacchio, a trabalhadora humanitária francesa Sophie Pétronin e um político maliano, Soumaila Cisse. A notícia foi recebida com surpresa e alegria pela AIS, que havia realizado diversas iniciativas de mobilização da sociedade em favor da libertação do padre Pier Luigi.
O último Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo publicado pela AIS refere no entanto que a situação de segurança no Mali “permaneceu muito instável” e que “vários grupos terroristas islâmicos, como o autoproclamado Estado Islâmico ou a Al-Qaeda no Magrebe (AQIM), fizeram valer a sua influência neste país”. O relatório sublinha ainda que “a frágil situação de segurança” que se vive neste país “causa problemas às minorias religiosas, que, devido aos seus reduzidos números, estão em alguns aspetos entre os grupos mais vulneráveis na sociedade”.
De acordo com o Religión Digital, Itália e França terão tido um papel essencial na negociação da libertação de Maccalli, embora se desconheça se houve lugar ao pagamento de algum resgate.