
“Manuel Braga da Cruz conjugou de forma exemplar a liberdade de espírito com a coerência de princípios na carreira universitária como brilhante investigador e professor”, consideraram os jurados. Foto: Direitos reservados.
«As altas qualidades» do «marcante trajeto intelectual» e do «testemunho convicto de humanismo cristão» do professor, investigador e ex-reitor da Universidade Católica Portuguesa Manuel Braga da Cruz valeram-lhe a atribuição do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes 2022, anunciou esta terça-feira, 8, o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC).
“Com pensamento estruturado desde a inicial formação em Filosofia, Manuel Braga da Cruz conjugou de forma exemplar a liberdade de espírito com a coerência de princípios na carreira universitária como brilhante investigador e professor (desde o Instituto de Ciências Sociais até à Universidade Católica Portuguesa, de que foi Reitor entre 2000 e 2012)”, refere a justificação sumária dos jurados.
O júri teve presente “o excelente trabalho de pesquisa e reflexão realizado por Manuel Braga da Cruz nas áreas conexas da Sociologia e da Ciência Política, bem como nos estudos de História», em particular «sobre os antecedentes e o devir do Estado Novo e as relações entre Igreja e Estado nesse período”, sublinha a nota do SNPC.
Descrevendo-o como “conferencista e articulista de referência”, os jurados destacam, entre as suas inúmeras publicações, “Raízes do Presente e Retratos Contemporâneos”, “Teorias Sociológicas”, “Instituições Políticas e Processos Sociais”, “Política Comparada”, “Sistemas Eleitorais – o debate científico”, “Transições Históricas e Reformas Políticas em Portugal”, “A Globalização, Portugal e a Europa”, “O Sistema Político Português”, “Os Católicos, a Sociedade e o Estado, “Monárquicos e Republicanos no Estado Novo” e “O Estado Novo e a Igreja Católica”.
O júri, que deliberou por unanimidade a 4 de novembro, foi presidido pelo bispo João Lavrador e constituído por Carlos Magno, Guilherme d’Oliveira Martins, José Carlos Seabra Pereira, o padre José Frazão Correia, SJ e Maria Teresa Dias Furtado.
Instituído em 2005, o Prémio Árvore da Vida destaca a excelência de personalidades, percursos e obras que refletem o humanismo e a experiência cristã no mundo contemporâneo, tendo já galardoado o teólogo João Manuel Duque, o poeta Fernando Echevarría, o cientista Luís Archer, o cineasta Manoel de Oliveira, entre outros.
A data e local do ato de entrega desta 18.ª edição do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes, constituído pela escultura “Árvore da Vida”, de Alberto Carneiro, e 2 500 euros (verba patrocinada pela Fundação Ilídio Pinho), “serão anunciados oportunamente”.