
Procissão de Ramos dos irmãos de Taizé. Foto: Direitos reservados.
A entrada de Jesus em Jerusalém, em cima de um jumento, é um símbolo de paz. Era um burro que os reis usavam como meio de transporte em tempos de paz – os cavalos eram apenas utilizados para a guerra.
O episódio é contado no Evangelho Segundo Lucas (19, 28-40) e é o ponto de partida do irmão Stephen, de Taizé, na meditação que a comunidade começou a propor neste Domingo de Ramos, com o Domingo de Ramos, 28 de Março, e que continuará durante esta Semana Santa.
Partindo do facto de o território de Israel/Palestina ser, na época, ocupado pelo Império Romano, o irmão Stephen, de origem inglesa e anglicana, pergunta: “Quem é, ou o que é, a potência estrangeira que ocupa a minha vida, que não me deixa ser um homem ou uma mulher livre?” Enumera depois um conjunto de razões políticas e económicas que podem criar barreiras ou divisões entre as pessoas, para referir que o interesse de Roma pelo Médio Oriente era semelhante ao que hoje se verifica por parte das grandes potências: são os recursos naturais; hoje, o petróleo, os cereais há dois milénios atrás.
Afirmando que “a primavera é um tempo de esperança, de recomeços”, pergunta ainda: “Que coisas na minha própria cultura me podem impedir de seguir o rei no seu burro?”
Taizé, uma pequena aldeia da Borgonha (França) deu nome à comunidade de monges que ali se fixou a partir de 1940, com a chegada do irmão Roger. Actualmente, reúne perto de uma centena de membros, que vivem quer em Taizé, quer em pequenas fraternidades em diferentes países pobres do mundo.
Os irmãos de Taizé, que vivem normalmente do seu trabalho, estão neste momento a diversificar actividades; começaram a produzir bolachas, chás e outros produtos artesanais, uma vez que o acolhimento na aldeia tem estado muito reduzido, em virtude da pandemia. Alguns deles têm mesmo feito trabalhos agrícolas e outros na região. Os produtos para venda estão disponíveis na loja virtual.
O vídeo pode ser visto a seguir. Para aceder às legendas em português, clicar nas definições do vídeo (roda dentada, em baixo, à direita) e, aí, selecionar “legendas” e, depois, português: