500 pessoas salvas nas últimas horas

Migrações: Grécia apela à solidariedade europeia

| 22 Nov 2022

Barcos com refugiados no Mediterrâneo: a União Europeia terá mais uma reunião para resolver a crise que a atravessa a propósito deste tema, Foto © Flavio Gasperini/SOS Mediterranée

 

A Grécia lançou esta terça-feira, 22, um pedido de solidariedade e de ajuda aos seus parceiros da União Europeia, na sequência de uma operação de salvamento de cerca de 500 migrantes, ao largo da ilha de Creta.

O barco, disse o ministro grego das Migrações, encontrava-se em muito mau estado e sobrecarregado. Tinha lançado um pedido de socorro, ao qual respondeu um pesqueiro na zona, que o rebocou até uma localidade no sudoeste de Creta.

Os migrantes serão oriundos sobretudo da Síria e do Egito e, entre eles, conta-se cerca de uma centena de crianças, segundo a televisão pública grega, citada pelo jornal francês La Croix. A União Europeia foi solicitada a “reativar a colocação [dos migrantes salvos] nos outros Estados-membros, ao abrigo da solidariedade europeia”.

No entanto, os membros da União, que se devem reunir na próxima sexta-feira, 25, denotam tensões no seu seio, relativamente às políticas migratórias. Ainda recentemente, tornou-se evidente o confronto entre os governos da Itália e da França, devido ao facto de a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, ter fechado os portos italianos à embarcação francesa de salvamento Ocean Viking, carregada de migrantes, argumentando que o acolhimento caberia ao país de matrícula do barco.

Os problemas estão, no entanto, longe de ser pontuais ou casuísticos. Segundo reconhece a Comissão Europeia, só no Mediterrâneo Central as chegadas de migrantes que “arriscaram as suas vidas em viagens perigosas” aumentaram, em 2022, mais de 50 por cento relativamente a 2021.

Perante esta pressão e as tensões existentes foi decidido, a pedido da França, realizar a reunião extraordinária de um Conselho de Justiça e Assuntos Internos nesta sexta, tendo a comissária com esse pelouro apresentado um plano de ação centrado no Mediterrâneo central. Trata-se de um conjunto de 20 decisões operacionais em torno de três pilares, em boa parte, reforçando ou aplicando de facto medidas já anteriormente tomadas.

 

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