
Missionárias da Caridade foram fundadas pela Madre Teresa de Calcutá. Foto © Jan Bockaert, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons.
Religiosas das Missionárias da Caridade foram acusadas de tentarem converter jovens raparigas presidiárias, que estão à sua guarda numa casa-abrigo. A acusação partiu das autoridades do Estado de Gujarat, no oeste da Índia.
Segundo a agência UCA News, uma investigação policial foi iniciada contra a casa de Nirmala Shishu Bhavan, na cidade de Vadodara, a 13 de dezembro, depois de uma denúncia por violação da lei anticonversão do estado.
Em declarações à agência, Cedric Prakash, padre jesuíta e ativista de direitos humanos que trabalha em Gujarat, foi assertivo: “É um caso falso e inventado.”
De acordo com o relato do jornal The Indian Express, também citado pela UCA, “a organização, fundada pela Madre Teresa [de Calcutá], foi autuada sob a Lei de Liberdade Religiosa de Gujarat, por supostamente ‘ferir os sentimentos religiosos hindus’ e ‘atrair jovens para o cristianismo’ num abrigo que administra”.
O denunciante é Mayank Trivedi, “oficial de defesa social” do distrito — que visitou a casa acompanhado de um responsável do comité distrital para o bem-estar infantil, a 9 de dezembro —, alegou que as jovens presidiárias foram obrigadas a usar uma cruz no pescoço e a guardar um exemplar da Bíblia num depósito que usavam regularmente.
A irmã Emmaculate, da congregação, disse que não foi mostrada a queixa contra as religiosas, e negou qualquer transgressão. O orfanato acolhe 48 raparigas, incluindo 22 crianças com deficiências físicas e mentais.