
Sé de Lisboa. Foto: direitos reservados.
O movimento cívico “Apoiar a Sé de Lisboa 2022” promove este sábado, 25 de junho, um cordão humano pela preservação e musealização adequada dos vestígios arqueológicos da Sé Patriarcal. A concentração está marcada para as 11h, em frente à catedral.
De acordo com este grupo de cidadãos, o projeto previsto para a criação de um núcleo arqueológico nos claustros, que vai já na sua terceira versão, continua a ser destrutivo do património. O movimento
reclama a preservação integral das estruturas medievais, islâmicas e romanas que ainda se encontram nos seus lugares; pretende que os promotores do projeto desistam de construir o piso -1 sob a ala sul do chamado claustro dionisino (medieval) e respetivos acessos; e exige, ainda, que se encontrem novas soluções que garantam a estabilidade estrutural do conjunto patrimonial da Sé de Lisboa sem que sejam afetados os vestígios arqueológicos, que deverão ficar visíveis.
“Não vamos aqui esconder objetivos – queremos que o projeto seja revisto e que a obra seja suspensa até que se encontre uma solução não destrutiva. Tem de ser possível encontrar outra maneira de garantir a segurança do conjunto da Sé, que é um monumento importantíssimo, sem se sacrificar a arqueologia e o que ela pode ensinar a quem visitar a Sé”, afirma em declarações ao Público Jacinta Bugalhão, arqueóloga e e uma das organizadoras desta ação.
O dono de obra é o Cabido da Sé de Lisboa, mas a obra é dirigida direta e exclusivamente pela Direção-Geral do Património Cultural, entidade tutelar da Arqueologia em Portugal.