
Foto © Roman Okopny
A Australian Muslim Advocacy Network (AMAN), um grupo de defesa dos muçulmanos australianos, apresentou uma queixa contra o Twitter na Comissão de Direitos Humanos de Queensland, acusando o site de não tomar medidas contra contas que incitam ao ódio, noticiou The Guardian na sua edição de dia 26 de junho.
Uma das contas contra as quais o AMAN protesta foi citada no manifesto do extremista que matou 77 pessoas na Noruega em 2011, mas apesar de vários pedidos, o Twitter recusou-se a excluir a conta e os comentários sobre os posts que “difamam e denigrem” os muçulmanos. Os comentários referidos na queixa referem-se ao Alcorão como “esta memória satânica” e ao Islão como “o culto mais violento e sexualmente perverso”. Outros escrevem que “o Ramadão significa matar infiéis” e que o Alcorão deve ser referido como “manual terrorista”.
A AMAN acusou o Twitter evocando a Lei Antidiscriminação de Queensland, acusando-o de incitar o ódio enquanto editor de contas de terceiros, bem como de discriminação por se recusar a agir contra conteúdo de ódio. Entre julho de 2020 e julho de 2021, a AMAN diz ter apresentado reclamações ao Twitter sobre 445 itens, incluindo 29 tweets que alega incitar ao ódio e 416 comentários e citações nesses tweets. O Twitter não excluiu esses comentários e confirmou por escrito em julho de 2021 que as contas foram avaliadas como sendo “consistentes com suas políticas”.