França

Muçulmanos discriminados no ensino superior

| 22 Fev 2022

 

Um estudo recente realizado em França por duas agências de investigação concluiu que pessoas com nome e apelido muçulmanos que se candidatam a programas de pós-graduação são mais discriminados do que aqueles com nomes etnicamente franceses.

O estudo foi realizado pela Agência de Monitorização da Discriminação e Igualdade no Ensino Superior (ONDES) e da Universidade Gustave-Eiffel, através do envio de mais de 1.800 inquéritos enviados por correio electrónico, em Março do ano passado, a directores de educação de 607 programas de pós-graduação de 19 universidades. O objectivo, diz o Muslim News, do Reino Unido, era verificar se há discriminação das escolas de ensino superior em relação a pessoas com deficiência ou de origem estrangeira. 

Apesar de afirmarem que respeitam a diversidade, os investigadores registaram que quem tem um nome muçulmano tinha 12,3% menos probabilidades de receber respostas a mensagens de correio electrónico enviadas aos seus programas de pós-graduação. O pior era no direito (33,3% menos de respostas) seguido da ciência, tecnologia e saúde (21,1%); situação menos grave (7,3%) registava-se nos campos da língua, literatura, arte, humanidades e ciências sociais.

Em relação às pessoas portadoras de deficiência física, os investigadores não registaram qualquer discriminação.

O Muslim News recorda que a questão dos direitos dos muçulmanos tem sido objecto de debate e tensão em França, nos últimos anos, até porque também não têm faltado episódios de violência terrorista reivindicada pelo autodenominado Estado Islâmico. Foram os casos dos ataques ao jornal Charlie Hebdo (Janeiro de 2015, doze mortos), à discoteca Bataclan (Novembro 2015, 130 mortos), ao professor Samuel Paty (Outubro de 2020) e na basílica de Notre Dame em Nice (três mortes).

No mesmo jornal, recorda-se ainda princípio da laicité, que vem da Revolução Francesa e segundo a qual o Estado adopta uma perspectiva distante das religiões e uma posição neutra, que “não reconhece diferenças religiosas entre os cidadãos”. 

 

Secretaria-Geral do Sínodo incentiva a concretização imediata das “reformas sinodais”

Etapa continental terminou a 31 de março

Secretaria-Geral do Sínodo incentiva a concretização imediata das “reformas sinodais” novidade

A conclusão, a 31 de março, da etapa continental da consulta sinodal “não significa o fim do processo sinodal para o Povo de Deus; significa, pelo contrário, deixar às comunidades locais o desafio de pôr em prática essas ‘reformas sinodais’ no quotidiano da sua ação eclesial e no reconhecimento de que muito do que foi discutido e identificado até agora a nível local não requer o discernimento da Igreja universal, ou a intervenção do magistério de Pedro”, escreve a secretaria-geral do Sínodo dos Bispos em nota divulgada ao final do dia de sexta-feira, 31 de março.

Apoie o 7MARGENS e desconte o seu donativo no IRS ou no IRC

Breves

 

Em Lisboa

Servas de N. Sra. de Fátima dinamizam “Conversas JMJ”

O Luiza Andaluz Centro de Conhecimento, ligado á congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, acolhe na próxima quinta-feira, 30 de março, a primeira de três sessões do ciclo de “Conversas JMJ”. Esta primeira conversa, que decorrerá na Casa de São Mamede, em Lisboa, pelas 21h30, tem como título “Maria – mulheres de hoje” e será dedicada ao papel da mulher na sociedade atual.

“Os sete saberes para a educação do futuro”: os legados de Luís Bernardo Honwana

[Moçambique, margem Sul]

“Os sete saberes para a educação do futuro”: os legados de Luís Bernardo Honwana novidade

Foi-me incumbida a missão de fazer um depoimento em homenagem a Luís Bernardo Honwana (LBH), figura renomada e importante da história social e cultural de Moçambique. Renomada pela mensagem que a sua obra deixa para gerações de tempos diferentes e pelo seu papel de escritor no que concerne à veiculação das suas ideias, consentâneas com as de uma maioria na sociedade, difundindo a causa da dignidade humana.

Igreja Católica de França terá assembleia sinodal de 3 em 3 anos

Bispos reestruturam conferência episcopal

Igreja Católica de França terá assembleia sinodal de 3 em 3 anos

Os bispos franceses anunciaram um vasto conjunto de iniciativas e linhas de ação com vista a combater os abusos sexuais na Igreja. Ano e meio depois da apresentação do relatório sobre o tema, os bispos abriram a assembleia da Conferência Episcopal (CEF) à participação de representantes dos fiéis. Uma assembleia sinodal realizar-se-á de três em três anos, em torno de matérias relevantes para a vida da Igreja e da sociedade.

Agenda

Fale connosco

Autores

 

Pin It on Pinterest

Share This