
Comunidade muçulmana reunida no Centro Cultural Islâmico de Lviv, na Ucrânia. Foto © Cetro Cultural Islâmico de Lviv.
São uma ínfima minoria, mas diz o imã Murad Suleimanov da mesquita do Centro Cultural Islâmico de Lviv (Ucrânia): “Nós [muçulmanos] fazemos parte deste país” e, por isso “devemos fazer algo”. Esse “algo” tem consistido em resistir à ocupação russa e participar no esforço de guerra. Mesmo se, na Rússia, os responsáveis oficiais das comunidades muçulmanas apoiam Putin.
Entrevistado pelo Washington Post, o imã Suleimanov refere que os muçulmanos ucranianos estão a lutar na linha de frente e entendem os seus esforços de guerra como um dever religioso e uma afirmação da sua identidade ucraniana.
Esta comunidade religiosa do país tem uma longa história de sofrimento às mãos dos governantes de Moscovo. Desde a deportação à força no quadro da limpeza étnica da Crimeia levada a cabo pelos soviéticos em 1944, até aos dias de hoje. Seis das 15 repúblicas da antiga União Soviética eram de maioria muçulmana. Na Rússia atual, vivem 20 milhões de muçulmanos.