Mensagem para o Dia das Vocações

“Na Igreja, somos todos servos e servas”, lembra o Papa

| 26 Abr 2023

O Papa Francisco lava os pes aos jovens reclusos no Casal de Marmo, 6 abril 2023, foto Vatican Media

O Papa lava os pés aos jovens reclusos no Casal de Marmo, na missa de Quinta-feira Santa de 2023. “Não há felicidade e plena autorrealização sem oferecer aos outros a vida nova que encontramos”, escreve Francisco. Foto © Vatican Media.

 

O Vaticano divulgou esta quarta-feira a mensagem do Papa para o 60º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que se assinala no próximo domingo, 30 de abril. No texto, Francisco recorda que, “na Igreja, somos todos servos e servas”, cada um com as suas “vocações, carismas e ministérios” e que todas essas vocações devem estar “em harmonia e juntas em saída”.

Propondo aos católicos que reflitam e rezem “guiados pelo tema ‘Vocação: graça e missão’, o Papa inspira-se nas palavras que São Paulo escreve na primeira carta aos Efésios e recorda que “fomos criados pelo Amor, por amor e com amor, e somos feitos para amar”.

Francisco faz depois uma partilha pessoal, contando como essa “chamada, inscrita nas fibras do nosso ser e portadora do segredo da felicidade”, o alcançou de forma inesperada, a 21 de setembro de 1953, quando sentiu o impulso de entrar na igreja por onde passava e confessar-se. “Aquele dia mudou a minha vida, dando-lhe uma fisionomia que dura até hoje”, escreve o Papa, acrescentando que a chamada divina” pode acontecer gradualmente e em circunstâncias muito diversificadas, pois “a fantasia de Deus que nos chama é infinita”.

Mas “a iniciativa e dom gratuito [de Deus] esperam a nossa resposta”, recorda, já que “vocação é uma ‘combinação entre a escolha divina e a liberdade humana’, uma relação dinâmica e estimulante que tem como interlocutores Deus e o coração humano”, ou seja: “Deus chama amando, e nós, agradecidos, respondemos amando”.

“A chamada de Deus – sublinha ainda o Papa – inclui o envio. Não há vocação sem missão. E não há felicidade e plena autorrealização sem oferecer aos outros a vida nova que encontramos”. Então, a missão comum a todos os cristãos “traduz-se em obras de misericórdia materiais e espirituais, num estilo de vida acolhedor e sereno, capaz de proximidade, compaixão e ternura, em contracorrente à cultura do descarte e da indiferença”, resume Francisco na sua mensagem.

 

A importância do encontro com Jesus e a JMJ

Esta ação missionária “não nasce simplesmente das nossas capacidades, intenções ou projetos, nem da nossa vontade nem mesmo do nosso esforço de praticar as virtudes, mas duma profunda experiência com Jesus”, acrescenta. E “a missão comum a todos nós, cristãos, é testemunhar com alegria, em cada situação, por atitudes e palavras, aquilo que experimentamos estando com Jesus e na sua comunidade, que é a Igreja”.

As bases dessa Igreja foram lançadas por Jesus, assinala. “Os Doze eram pessoas de ambientes sociais e profissões diferentes, não pertencentes às categorias mais importantes. Os Evangelhos referem ainda outras chamadas, como a dos setenta e dois discípulos que Jesus envia dois a dois”, recorda Francisco. E o termo Igreja “deriva precisamente de Ekklesía, palavra grega que significa assembleia de pessoas chamadas, convocadas, para formar a comunidade dos discípulos e discípulas missionários de Jesus Cristo, comprometendo-se a viver entre si o seu amor e a espalhá-lo no meio de todos, para que venha o Reino de Deus”.

É também isso que Francisco deseja que aconteça com a Jornada Mundial da Juventude, que se realiza em Lisboa de 1 a 6 de agosto deste ano e que diz nesta mensagem “aguardar com alegria”. Tal como o tema da jornada, “Maria levantou-se e partiu apressadamente”, que “cada um e cada uma se sinta chamado a levantar-se e partir apressadamente, com coração ardente!”.

 

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