Dois anos depois da entrada dos talibans

No Afeganistão, mulheres de mais de 12 anos a estudar são … zero

| 16 Ago 2023

raparigas em escola do afeganistão foto pixabay

Raparigas numa escola no Afeganistão: desde 2021 este número reduziu para zero.  Foto © Pixabay

 

O número de mulheres a frequentar o ensino superior no Afeganistão era superior a uma centena de milhar em 2021, contra apenas cinco mil em 2005, segundo dados divulgados pela UNESCO. Hoje, esse número causa estarrecimento e revolta, desde logo, entre as mulheres afegãs: é zero.

Depois de, em setembro de 2021, a inscrição de raparigas e mulheres com idade superior a 12 anos ter sido indefinidamente adiada, 1,1 milhões ficaram sem acesso ao sistema de educação formal.

Em dezembro de 2022 foi a vez de o ensino superior ter sido vedado sine die à população feminina, afetando mais de 100 mil estudantes.

É por isso que o dia 15 de agosto de 2021 ficou na memória de tantos afegãos, quando os talibãs ocuparam Cabul, os ocidentais fugiram em pânico e o novo regime fundamentalista tomou conta do país.

Neste espaço de tempo, praticamente todas as ONG foram forçadas a abandonar o país e a deixar no desemprego milhares de pessoas locais que com elas colaboravam. Apenas a ONU e as suas agências, juntamente com algumas organizações como a Cruz Vermelha e os Médicos Sem Fronteiras, mantiveram a ação humanitária e socioeducativa, mas com regras impostas pelos talibãs.

As mulheres, que foram as mais prejudicadas, “perderam, de repente, o seu lugar na sociedade. Agora só servem para casar e ter filhos”, nas palavras, citadas pelo diário El País, de uma procuradora jovem que se dedicava à promoção dos direitos das mulheres e crianças maltratadas, até à chegada dos talibãs a Cabul.

Muitos e muitas que conseguiram abandonar o país temem pela sorte dos familiares e amigos que ficaram. Diante de uma repressão e controlo tão fortes, continua, entretanto, a haver resistência, incluindo escolas para meninas, sob a capa do estudo do Corão.

“Nunca pensei que o mundo nos esquecesse tão rapidamente”, lamenta uma refugiada afegã ao El País.

 

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