
O novo bispo auxiliar de Braga, Delfim Gomes,,foi nomeado pelo Papa devido à “multiplicidade de trabalhos” na arquidiocese. Foto © OC/Ecclesia
O novo bispo auxiliar de Braga, Delfim Gomes, nomeou para o cargo em 7 de outubro último, foi ordenado bispo na catedral de Bragança, de cuja diocese é originário, numa missa presidida por José Cordeiro, arcebispo primaz de Braga e ele próprio oriundo do clero de Bragança-Miranda.
No final da eucaristia, o novo bispo deixou uma saudação aos presentes, “amigos de sempre e para sempre”, agradecendo em particular a todos os que colaboraram na oferta das insígnias episcopais. “Estimados amigos, aqui nasci e cresci, convosco pensava prosseguir este caminho, nesta nossa Diocese; era o expectável, mas os desígnios do Senhor são insondáveis”, declarou, citado pela Ecclesia.
Delfim Gomes falou do lema episcopal que escolheu, “É dando que se recebe”, inspirado numa oração tradicionalmente atribuída a São Francisco de Assis, mas que terá sido escrita há apenas um século. “O verbo dar tem-me acompanhado ao longo da vida. Dei-me, continuarei a dar-me, porque ‘é dando que se recebe’”, declarou. “O ramo de oliveira, plasmado em todas as insígnias, recordar-me-á de onde sou, a terra que me viu nascer, crescer, me nutriu e me mimou”, prosseguiu.
O responsável assumiu como objetivo do seu ministério episcopal o “anúncio da Palavra de Deus, como necessidade vital, na fidelidade à Igreja, como promessa e união, no convite à santidade, como programa de vida, e na missão de pastor em nome de Deus, como serviço vigilante e atento a todos”.
Delfim Esteves Gomes nasceu a 1 de janeiro de 1962, em Bragança, Paróquia de Santa Maria, tendo sido ordenado padre na mesma cidade, a 3 de setembro de 1989. As suas insígnias episcopais (brasão, báculo, anel, cruz e mitra) assentam nas cores do Nordeste Transmontano.
Depois desta nomeação, a Diocese de Bragança-Miranda continua à espera do sucessor do agora arcebispo de Braga, nomeado para o cargo há precisamente um ano. O que significa que, neste tempo, Bragança perdeu dois membros do seu presbitério para Braga. Além de Bragança, também Setúbal aguarda um bispo que substitua José Ornelas, que no final de janeiro foi nomeado para Leiria-Fátima. Por seu turno, o bispo da Guarda, Manuel Felício, completou há um mês os 75 anos, idade com que os bispos devem pedir a renúncia ao cargo. Esse pedido, no entanto, não foi ainda noticiado publicamente.