
D. Armando Domingues tomou posse como novo bispo de Angra. Foto © HM/Agência Ecclesia
D. Armando Esteves Domingues tomou posse hoje como bispo de Angra. Na eucaristia da sua entrada solene na diocese de Angra e, na sua primeira homilia, definiu que quer uma Igreja de portas abertas, “menos clerical” e onde todos os jovens “têm lugar e voz”. “Gostaria de poder exercer um ministério aberto: a minha porta, a comunicação e coração estarão sempre abertos para todos: clérigos ou leigos, mais ricos ou pobres, mais idosos ou jovens, seja na casa episcopal ou em qualquer casa em outras ilhas. Que não se diga que o bispo anda sempre muito ocupado. Vou procurar marcar dias e horas de porta aberta, mesmo sem marcar”, proferiu o novo bispo de Angra, citado pela Ecclesia.
D. Armando Domingues dirigiu-se aos presentes como “caros amigos açorianos” e partilhou que ali chegou com a “mesma alegria e disponibilidade do primeiro “sim”, dado “já na juventude”.
Como “segunda prioridade”, o novo bispo de Angra definiu o sínodo 2023/24 “que vem fazendo caminho”. “Na escola da sinodalidade, a vida da Igreja será mais participada por todos, menos clerical e mais capaz de compreender e dialogar com as novas culturas”.
“A terceira prioridade” definida por D. Armando Domingues são os jovens e a Jornada Mundial da Juventude, como “uma oportunidade para um exercício prático do diálogo entre a Igreja e a sociedade civil”. “Nenhum jovem açoriano deverá ficar de fora a ver passar os aviões ou os navios e não falo apenas dos ligados às paróquias ou Movimentos. Todos têm lugar e voz! A tudo o que tenha a ver com Jovens ou Jornada Mundial da Juventude, darei prioridade na minha agenda deste ano. Gostaria de poder entrar também na vossa agenda e caminhar convosco”, indicou.
D. Armando Domingues pediu aos responsáveis, “padres, religiosos, animadores, dirigentes do CNE e outros Movimentos juvenis” para ajudarem na preparação e acompanhamento até à JMJ Lisboa 2023.
No dia antes da sua ordenação, em conferência de imprensa, o novo bispo de Angra falou aos jornalistas na Sé de Angra e disse que quer “descobrir as nove ilhas”, “colocar a agenda dos jovens na sua agenda” e na sua missão quer “ouvir os leigos”. “Tenho lido muito sobre os Açores como nunca li na vida, sinto grande tranquilidade e confiança, o património de todas as ilhas dos Açores, património histórico, cultural, natural e humano, e também eclesiástico, recursos humanos e colaboradores, durante quase 500 anos fizeram uma bela igreja, resta-me ser fiel e seguir os passos desta história que a Igreja de Angra tem”, afirmou D. Armando Domingues aos jornalistas.
O novo bispo chega com “as expetativas de quem chega pela primeira vez a um lugar”, quer “descobrir melhor” o povo açoriano e sente o “desafio fantástico” de “compreender que a geografia é tão importante como a história”, disse, citado pela Ecclesia.