
Os seminários do Caminho Neocatecumenal são os menos afetados pela diminuição de vocações que se regista em Espanha. Foto: Direitos reservados.
Os seminários espanhóis estão cada vez mais vazios. Segundo dados oficiais da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), este é o primeiro ano letivo em que o número total de aspirantes ao sacerdócio não chega a mil, avançou esta quinta-feira, 16 de março, a agência católica ACI Prensa. Comparativamente com dados de há 20 anos, a diminuição é de cerca de 40%.
Os dados de frequência dos seminários espanhóis são divulgados anualmente na proximidade do dia 19 de março, Solenidade de São José, em que a Igreja Católica celebra o Dia do Seminário.
Neste ano letivo de 2022-2023, há ao todo 974 seminaristas, repartidos por 15 seminários. O número dos que só agora entraram desceu pela primeira vez para menos de 200 (172), e as ordenações realizadas não chegarão a cem (97). Há 20 anos, no ano letivo de 2002-2003, os seminaristas eram 1.700, tendo entrado mais de 350 e sido ordenados quase 200.
Já no ano académico 2016-2017, o número de aspirantes ao presbitério caiu pela primeira vez abaixo de 1.300, e no ano 2018-2019 os seminaristas eram apenas 1.203.
O jornal Religión Digital assinala que “em plena crise vocacional”, a “hecatombe” só não é maior porque, do total de 974 seminaristas, “mais de 250 pertencem ao Caminho Neocatecumenal”, frisando que os seminários Redemptoris Mater, onde estes estudam, são os menos afetados pela diminuição de vocações que se regista em Espanha.
Apesar de a CEE não disponibilizar os dados por dioceses, há algumas delas que tomam a iniciativa de o fazer. É o caso de Madrid, onde de um total de 84 seminaristas, quase um terço (38) são neocatecumenais.