
O crescimento dos oceanos são uma fonte de preocupação nos próximos anos. Foto © Joseph Barrientos / Unsplash
“Os deltas de rios férteis como o Mississipi, o Mekong e o Nilo – os celeiros do mundo – estão a afundar-se” e ninguém estará imune ás potenciais consequências, alertou há dias o presidente da Assembleia Geral da ONU, Dennis Francis, numa cimeira especial, em Nova Iorque.
Francis, que é um diplomata originário de Trinidad e Tobago, nação das Caraíbas, situada ao largo da costa venezuelana, manifestou o propósito de assegurar que o problema dos efeitos da subida do nível do mar nos pequenos estados insulares receba maior atenção durante o período em que exerce a presidência.
Trata-se de “uma ameaça existencial”, sobretudo quando se tem em conta que o nível médio global do mar deverá subir entre oito e 29 centímetros até 2030, com subida mais acentuada nas regiões equatoriais as que mais sofrerão. Esses dados são do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), cujos especialistas avisam que a questão existencial “não é uma especulação ou exagero”.
Segundo esses peritos, o aumento “é impulsionado principalmente pela expansão térmica, agravada pelo derretimento dos glaciares das montanhas e da calota polar, prevendo-se um novo aumento de até 70 cm até 2070”.
Segundo afirmações de Dennis Francis, citados pela UN News, os efeitos da entrada do mar em terrenos até agora aproveitados para p cultivo ou para a habitação far-se-á sentir não apenas nas zonas costeiras, podendo vir a afetar, em conjugação com outros eleitos climáticos, 900 milhões de pessoas.
Ninguém está imune a uma catástrofe potencial, disse o diplomata presidente da Assembleia Geralda ONU: “deltas de rios férteis como o Mississipi, o Mekong e o Nilo – os celeiros do mundo – estão a afundar-se”.
Para além de apelar aos líderes mundiais a que façam subir esta questão nas prioridades da próxima Cimeira do Clima, a ter lugar no Dubai, em final de novembro e primeiros 12 dias de dezembro, Francis fez ver que além das terras, se irá erder o patrimónioc cutural e histórico que confere identidade ás zonas em rico, caso ações decisivas não sejam tomadas.
Eventos extremos ao nível do mar, que costumavam ocorrer uma vez por século, poderão tornar-se um fenómeno anual no final deste século.