
“Não deixamos ninguém para trás.” Foto captada do vídeo.
Há palavras que podem definir o caminho: amizade, crescimento pessoal e espiritual, paixão… ou, simplesmente, dizer que “é como a vida, cheio de altos e baixos e desafios”. Três peregrinos de Santiago de Compostela – a arquitecta e docente Florbela Ferreira, a produtora de açafrão Luísa Amorim e o engenheiro civil Diogo Carmo – meteram-se ao Caminho.
A jornalista Margarida Martins, da TVI, acompanhou-os até Fátima, nas primeiras cinco etapas através dos Caminhos do Tejo, a partir de Lisboa. Esta rota, evitando estradas nacionais e como dirá a repórter, mostra a força da natureza animal, a força da natureza vegetal e, por vezes, também a força das tempestades – como foi o caso da “Lola”, na terceira etapa, 34 quilómetros que levam da Azambuja a Santarém.
Para trás já tinham ficado o percurso de Lisboa a Vila Franca de Xira (32 quilómetros, com saída do Parque das Nações), sempre à beira-rio, e entre Vila Franca à Azambuja (19 quilómetros). Depois de Santarém, atingem-se os Olhos d’Água e a nascente do Alviela (28 quilómetros) e, finalmente, Fátima, após mais outros 28 quilómetros.
“Deixam-se pelos caminhos as pedras do dia a dia”, dirão os peregrinos, que depositam pedrinhas em cima dos marcos do Caminho, sinalizado com setas amarelas (para Santiago) e azuis (para Fátima). Se é verdade que os pontos de apoio ainda não são abundantes, também é verdade que isso não impede cada vez mais pessoas o percorrerem. Mas, testemunha o senhor Francisco Torres já na quarta etapa, os estrangeiros têm estado ausentes nos últimos meses, por causa da pandemia.
“Em cada pedra da natureza encontramos um sinal”, dirá Luísa Amorim. “Não deixamos ninguém para trás”, acrescenta Florbela Ferreira. E Diogo Carmo incentiva, rumo a Santiago: “Mais 440!”
A reportagem Os Caminhos de Santiago que levam a Fátima, com imagem de José Chorão e Pedro Soares, e edição de imagem de Carlota Paim, pode ser vista na TVI Player.