Enviado pelo Papa à Ucrânia

“Ouvem-se as sirenes, há muitos mortos”, mas o cardeal Krajewski não desiste da sua missão

| 16 Set 2022

Esta é a quarta vez que o cardeal polaco Konrad Krajewski, prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade, visita a Ucrânia desde o início da guerra. Sem esconder a emoção, partilha o seu testemunho num vídeo gravado a partir de Odessa, cidade onde se encontra antes de prosseguir viagem rumo ao norte do país. “A situação é muito difícil. Mesmo esta noite as sirenes foram ouvidas. Há muitos mortos, mas procedemos ao longo da fronteira russa para estar com as pessoas”, conta no vídeo divulgado esta quinta-feira, 15, pelo Vatican News, e que pode ser visto acima.

“Queremos estar diante da cruz com todas as viúvas, com os filhos de homens mortos e feridos e, estando assim como Maria, sentimos que Jesus diz aos ucranianos: ‘eis a tua Mãe’. Se seguirmos Nossa Senhora das Dores, haverá milagres aqui na Ucrânia”, afirma esperançoso o esmoleiro do Papa, que tem bem presente o que o levou até ali. “A minha tarefa, por parte do Santo Padre, é estar aqui com o povo, ter confiança e repetir todos os dias que confiamos em Jesus. Repetir: ‘Jesus eu confio em vós'”.

O cardeal explica que esta sua quarta missão é “diferente”. “Estou em Odessa, a 3.600 quilômetros do Vaticano, e, viajando da fronteira ucraniana ao Nordeste do país, visitamos todos os lugares onde há comunidades religiosas, sacerdotes e voluntários que nunca deixaram os seus fiéis nestes duzentos dias”, e que precisam, eles próprios, de ajuda.

Para Krajewski, é essencial esta proximidade da Igreja, que assim partilha o drama do “povo ucraniano martirizado”. “Viemos confirmar as pessoas na fé, dar esperança, estar perto delas”, afirma. No fundo, é a isso que se resume a missão – “estar com as pessoas” – e já não é nada pouco.

 

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